7 Sinais Claros que Indicam o Fim de Relacionamento

Vários especialistas determinam quais comportamentos observam em consulta para saber se o fim de relacionamento está próximo e o amor acabou há muito tempo.

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O amor parece ter se tornado um objeto de consumo descartável. O Tinder fez com que, com tanta oferta, seja difícil apostar em alguém a longo prazo porque parece sempre que há mais por onde escolher. Temos medo de nos apegar a uma pessoa, mas a realidade é que ainda temos muito mais medo de do fim de relacionamento. Dar o passo para deixar um relacionamento ainda é complexo, por mais que pensemos que o Tinder nos espera do outro lado. Ou, talvez, justamente por isso.

A coach de relacionamentos Cristiana Zonatto destaca que, geralmente, o que é difícil de assumir é que “a relação já cumpriu a sua função nas nossas vidas e temos de encontrar outra forma de relacionamento entre os dois”. Isto deve-se a outra questão fundamental, que “não aceitamos que a vida, as relações e os sentimentos sejam flexíveis, evoluam, mudem e devam ser cuidados”.

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Levando em consideração que essas são realidades difíceis de enxergar, geralmente a hora de terminar um relacionamento não chega por acaso. A propósito, a psicóloga e terapeuta Mariana Yung acrescenta que esta reflexão surge em circunstâncias especiais, não no meio da rotina, mas quando “o outro é requerido, não só como casal; senão como parceiro, amigo ou apoio”, e percebemos que nada é o que era. “Esses momentos de consciência podem ser mais ou menos conscientes ou ignorados. E produzem um sentimento de irrealidade, medo e frustração”.

Mas existem sinais realmente claros de um fim de relacionamento e que é hora de deixá-lo para sempre? Poderia haver esperança para o amor? Ambos os especialistas analisam alguns sinais-chave que distinguem na terapia aqueles casais que precisam apenas trabalhar em seus problemas, daqueles que, talvez, devessem aprender a se despedir com um eu te amo.

7 Sinais Claros que Indicam o Fim de Relacionamento

1. A confiança mútua foi perdida.

“Esse é um dos principais sintomas dos casais que chegam no consultório e podemos perceber que podem ser totalmente desfeitos, sem volta. Nem sempre é assim, mas é um fator determinante”, insiste Gabriella Pádua. “A confiança no outro nos dá segurança para crescer, ser e formar uma equipe, e se ela quebrar é difícil restaurá-la, a não ser por nós mesmos.” Embora a primeira coisa que vem à mente seja uma possível infidelidade, a verdade é que existem muitas outras razões para perder a confiança mútua. Existem casais que são capazes de restaurar a confiança depois de uma traição, tudo depende muito de cada um.

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2. Não há mais sinais de cumplicidade.

É difícil definir o que compõe um casal, mas um dos conceitos que podem chegar perto é o de duas pessoas que têm uma cumplicidade especial. Se isso não for mais percebido, claro, tudo aponta para o mal. Assim, Gabriella reflete que na consulta costuma prestar atenção em “como se posicionam, se sentam nas poltronas, se estão próximos, se se aproximam, se tocam, se apoiam, incentivam o parceiro a falar ou se expressar eles mesmos, respeitam os rumos das palavras, ou as acumulam, ou muito pelo contrário”. Quando parecem duas pessoas alheias àqueles gestos que os definiam, significa que há muito tempo seguiram caminhos separados.

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3. O relacionamento entrou em uma dinâmica tóxica.

As pessoas costumam falar sobre pessoas tóxicas, mas muitas vezes o problema não é a pessoa em si, mas a dinâmica tóxica em que duas pessoas parecem se perder e da qual às vezes não sabem mais como sair, para parar de se machucar. Às vezes é uma questão de agressividade, outras de falta de respeito, mas também pode ser codependência ou papéis que acabam destruindo o casal. “Muitas pessoas acreditam e normalizam essa forma de se tratar, na verdade, chegam às sessões convencidas de que não importa, e não percebem o estrago que estão fazendo. Elas não têm limites e constantemente perdem a oportunidade de reconstruir o relacionamento”, argumenta Gabriella.

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4. Um dos dois (ou ambos) não quer mudar.

Todos evoluem e mudam inconscientemente, mas existem outras mudanças que exigem reconhecimento, trabalho e esforço, e nem todos estão preparados para isso. Nesse sentido, a psicóloga Mariana Yung explica que os casos em que um dos dois, ou ambos, argumentam que “é ele que tem que mudar, estou bem assim ou não tenho problema” são comum. A este respeito, esclarece que pouco se pode fazer se um dos dois não quiser compreender que “o casal, para ser assim chamado, deve ser constituído por duas pessoas e ambas devem ter a mesma responsabilidade, esforço, dedicação e cuidado nesse compromisso” .

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5. Vocês não têm mais os mesmos planos de vida.

Pode ser que quando se conheceram vocês sonhassem em ir morar nos EUA ou ter quatro filhos em uma casa de campo. Mas, com o tempo, a perspectiva da vida muda e pode não corresponder mais. E desistir dos sonhos pesaria muito a longo prazo. “A possibilidade do casal não querer a mesma coisa é tão assustadora que as pessoas preferem não prestar atenção nisso, continuar andando e ter âncoras para manter ou ficar com quem está ao lado, com filhos, com compromissos, com hipotecas…”, insiste Mariana, que aconselha que é melhor ser honesto consigo mesmo e com a outra pessoa antes de se arrepender para sempre.

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6. O sexo também foi prejudicado.

A sexualidade entre um casal deveria ser uma forma de unir, de se sentir pleno e de se conectar, mas às vezes acaba sendo um dos motivos de fim de relacionamento. Não tanto porque surgem dificuldades, que podem ser superadas, mas porque se torna uma forma de usar o outro ou de fazê-lo se sentir mal. Nesse sentido, há casos em que, segundo Mariana, observa-se como “um membro do casal limita, manipula, restringe a liberdade na tomada de decisões sobre como fazer sexo ou não, ou mesmo no uso ou não de anticoncepcionais Nesse caso, o trabalho é que a outra parte acorde e saia correndo em busca de um relacionamento muito mais saudável.

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7. O amor acabou.

Por fim, mesmo que a pessoa insista em trabalhar no relacionamento e em fazer a sua parte, nem sempre somos donos dos nossos próprios sentimentos, muito menos dos do outro. Por isso, às vezes é tão simples saber que o amor acabou, pelo menos para uma das partes. E essas despedidas são as que mais custam, porque sempre existe o medo de machucar. “Tem muita gente que tenta de tudo antes de assumir que não ama a pessoa da mesma forma que quando decidiu escolhê-la para morar junto, para casar… Isso faz com que mintam para si mesmas e para a outra pessoa, sendo infelizes e tentam encontrar uma fuga em outros aspectos, estão sempre com outras pessoas, trabalham 24 horas por dia, fogem de estar com seu parceiro sempre que possível, etc. Se esse for o seu caso, segundo Mariana, talvez seja hora de parar de se esconder e mergulhar de cabeça. E é que sempre que uma porta se fecha, uma janela se abre, para nos lembrar que sempre há tempo de nos apaixonarmos novamente.

Este artigo não substitui uma consulta psicológica que pode ser adaptada ao seu caso particular. Ir a uma consulta psicológica também é um ato de autocuidado que te ajudará a entender o que está acontecendo com você e a te orientar para uma vida saúdavel.