“Quem sou eu?” A Resposta para a Pergunta mais Definitiva da Sua Vida

Silhueta de mulher assistindo o por do sol
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“Quem sou eu?”

Quantas vezes você já se fez essa pergunta?

Quantas vezes você já se perguntou por que deveria estar nesta terra?

Quantas vezes você questionou sua própria existência?

Para mim, a resposta é inúmeras vezes.

E a própria pergunta me faz fazer mais perguntas: Como posso saber quem sou? Por que preciso saber quem sou? Alguma resposta me satisfará?

Quando essas perguntas me oprimem, me vejo inspirado por esta citação do sábio indiano Ramana Maharshi:

A pergunta “quem sou eu?” não visa obter uma resposta, a pergunta “quem sou eu?” destina-se a dissolver o questionador.

Ramana Maharshi

Como a dissolução da minha identidade pode me ajudar a descobrir quem eu sou?

Vamos tentar descobrir…

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Quem sou eu = qual é a minha identidade?

A “resposta” para “quem sou eu” é a nossa identidade.

Nossa identidade é nosso sistema abrangente de memórias, experiências, sentimentos, pensamentos, relacionamentos e valores que definem quem é cada um de nós.

É o material que compõe um “eu”.

Nossa identidade é um componente crítico para entender quem somos. Por quê? Porque podemos dividir a identidade em componentes (memórias, experiências, sentimentos, pensamentos, relacionamentos e valores).

Esses componentes podemos identificar e entender. Então, uma vez que tenhamos entendido os componentes de nossa identidade, podemos ter uma visão geral de quem somos.

Resumindo: somos muito mais do que uma coisa. Somos todo um sistema de ideias e experiências.

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Nossa necessidade de identidade

“Quem sou eu?” está no centro de uma de nossas necessidades mais básicas: nossa necessidade de identidade.

Nós, como seres vivos, buscamos e encontramos conforto em um sólido senso de identidade. Isso nos fundamenta. Nos dá confiança. E nosso senso de identidade afeta cada coisa em nossas vidas – desde as escolhas que fazemos até os valores pelos quais vivemos.

De acordo com o psicólogo Célio Monteiro:

“A identidade está relacionada aos nossos valores básicos que ditam as escolhas que fazemos (por exemplo, relacionamentos, carreira, etc). Essas escolhas refletem quem somos e o que valorizamos.”

Uau! Nossas identidades são quase avatares dos valores e princípios que mantemos. Nossa identidade é um reflexo do que acreditamos, do que fazemos e do que valorizamos.

Que poderoso! 😮

No entanto, nosso senso de identidade pode ser comprometido por fatores externos.

Como isso é possível? Bem, o Dr. Célio explica:

“Poucas pessoas escolhem suas identidades. Em vez disso, elas simplesmente internalizam os valores de seus pais ou das culturas dominantes (por exemplo, busca de materialismo, poder e aparência). Infelizmente, esses valores podem não estar alinhados com o eu autêntico e criar uma vida insatisfatória.”

Isso é o que pode causar problemas.

Aqui está a dolorosa verdade: grande parte de nossa identidade nos foi imposta. Essa identidade inorgânica nos faz experimentar uma tremenda quantidade de estresse.

Por quê? 🤔

Porque sabemos que “essa identidade” é falsa. É algo que nos foi exigido.

O problema é que não sabemos qual é a nossa identidade “orgânica”.

E é por isso que perguntamos tanto: “quem sou eu?”

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Como descobrir quem você é e o que está fazendo aqui

Uma das maiores coisas que nos impede de descobrir quem somos é que muitos de nós não têm poder pessoal real. Isso pode nos deixar frustrados, desconectados e insatisfeitos.

Então, o que você pode fazer para descobrir quem você é e o que está fazendo aqui?

Comece consigo mesmo. Pare de procurar pessoas para lhe dizer como pensar ou o que você deve fazer.

Quanto mais você procura por validação externa para resolver sua vida, mais você se distancia de aprender a viver sua vida alinhada com um senso mais profundo de propósito interior.

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Os papéis que desempenhamos

Para tornar as coisas mais difíceis para nós mesmos, cada um de nós tem múltiplas identidades – filhos, parceiros, pais, amigos.

Dividimos e compartimentamos nossas identidades em “papéis”. E desempenhamos esses “papéis” em diferentes circunstâncias.

Cada papel, diz o psicólogo Célio Monteiro, tem “seus significados e expectativas que são internalizados como identidade”.

Quando desempenhamos esses papéis, os internalizamos como se fossem nossas identidades reais.

Somos todos atores, assumindo uma dúzia de papéis. Exceto que o problema é que nos enganamos acreditando que esses papéis são reais.

Esse conflito, juntamente com a necessidade de encontrar nosso eu autêntico, é a causa de grande parte de nossa infelicidade. Esse conflito é chamado de “crise de identidade”.

“Muitas vezes, diante da crise de identidade, muitos acabam adotando identidades mais sombrias, como abuso de drogas, compras compulsivas ou jogos de azar, como um método compensatório de experimentar a vitalidade ou evitar a depressão e a falta de sentido.”

Lutar para descobrir quem somos pode ter graves efeitos colaterais. É por isso que é importante descobrir a resposta para a pergunta “quem sou eu?” Porque a alternativa é “depressão e falta de sentido”.

As pessoas que encontraram com sucesso o seu eu autêntico mostram-se muito mais felizes e mais contentes. Isso ocorre porque elas são “capazes de viver uma vida fiel aos seus valores e buscar objetivos significativos”.

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Como posso descobrir “quem eu sou?”

Como eu posso separar minha verdadeira identidade daquela que me foi dada pela minha família e do que foi moldado pela sociedade?

É fundamental descobrir quem você é. Quando você tem certeza de sua identidade, sua vida se torna mais significativa, alegre e com propósito.

Existem 5 etapas principais que você pode seguir para ajudar a responder à pergunta “quem sou eu?”

Essas etapas são apoiadas por especialistas e te ajudarão a firmar sua identidade para que você possa viver uma vida cheia de propósito.

Aqui estão 5 maneiras de responder à pergunta “quem sou eu?”

1. Reflita

Para citar o Rei do Pop, “I’m starting with the man in the mirror” (estou começando com o homem no espelho).

E este conselho soa verdadeiro. Você precisa refletir sobre si mesmo sempre que estiver se aventurando na autodescoberta.

Isso significa que você tem que se examinar – todos os seus pontos fortes, falhas, impressões que você dá aos outros, tudo.

Você tem que se envolver criticamente com a reflexão que apresenta.

Você tem que ser seu inspetor. Você tem que olhar para todo o seu ser como uma casa, e mergulhar fundo nessa fundação.

Pergunte a si mesmo, quem é você agora? Quais são os seus pontos fortes? Suas falhas?

Você gosta de quem você vê no espelho?

Você acha que “quem você é” não combina com “quem você vê?”

Como isso faz você se sentir?

Identifique em quais áreas de sua vida você está infeliz. Veja o que você acha que poderia ser melhor – mentalmente, emocionalmente e fisicamente.

Não se apresse e coloque band-aids em todos os problemas. Esta etapa não é sobre soluções rápidas. Não se trata nem de mudar nada.

Em vez disso, trata-se de sentar consigo mesmo e entender onde você está.

Uma vez que você tenha uma boa compreensão de si mesmo, você pode passar para o passo dois.

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2. Decida quem você quer ser

Antes de mais nada: você não será uma pessoa perfeita. Não existe uma pessoa perfeita. Você tem que aceitar o fato de que você nunca será perfeito.

Mas, no caminho da autodescoberta, você deve aceitar que há coisas que precisa melhorar.

E a melhoria é possível!

Então, para o passo dois, o que você precisa fazer é identificar quem você quer se tornar.

E seja honesto consigo mesmo sobre o que é possível. Ser o Super-Homem não é o que estamos procurando, né?! 😅

Vamos pegar uma página do livro best-seller internacional do Dr. Jordan B. Peterson, 12 Rules For Life:

“Comece com você mesmo. Se cuide. Refine sua personalidade. Escolha seu destino e articule seu Ser.”

Quem é a sua pessoa ideal? É alguém gentil, forte, inteligente, corajoso? É uma pessoa que não tem medo de um desafio? É uma pessoa que pode se abrir para o amor?

Quem quer que seja essa pessoa dos sonhos, defina-a. Defina quem você quer ser. Esse é o passo dois.

3. Faça escolhas melhores

Faça escolhas melhores… para si mesmo.

A verdade é que a maioria de nós está programada para fazer escolhas por medo. Instintivamente, fazemos uma escolha fácil com base na ansiedade, no desejo de agradar alguém ou porque não queremos nos esforçar muito.

Essas escolhas fazem apenas uma coisa: continuar o status quo.

E se você não está feliz com quem você é, com seu status quo atual, essas escolhas não ajudam em nada.

Essas escolhas, então, são as más escolhas.

Mas você pode escolher melhor por si mesmo. Você pode tomar “decisões ativas”.

Escolha significa que você é livre para fazer ou não fazer algo porque você decidiu por conta própria.

Para ativar a escolha consciente, primeiro você precisa determinar o que realmente importa para você. De quais pontos fortes você se orgulha? Quais tarefas você mais gosta? Que sonhos continuam te assombrando? O que você faria se não tivesse obrigações ou pessoas para agradar? Tire um tempo para classificar seus desejos.

Uma vez que você saiba o que quer, e uma vez que você saiba quem você quer ser; você pode reservar um tempo para fazer escolhas ativas e conscientes que te ajudam a ser melhor.

Como são essas escolhas?

Bem, digamos que sua versão dos sonhos de si mesmo seja um maratonista. Essa escolha ativa significa escolher sair do sofá, amarrar os sapatos e… correr! 🏃‍♀️

Talvez você queira voltar para a escola ou se formar na faculdade. Isso significa escolher o curso e se matricular, optar por pedir cartas de recomendação e começar a estudar.

Depois de tomar decisões alinhadas com seus valores e o que você deseja, você começará a se sentir capacitado para descobrir sua verdadeira identidade.

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4. Explore suas paixões

Uma das melhores partes de descobrir a resposta para “quem sou eu” é descobrir partes de você que você nunca conheceu.

Claro, você descobriu quem você “quer ser” e fez um ótimo trabalho “olhando-se no espelho”, mas sempre haverá partes de você que estão mais escondidas.

E é seu trabalho descobri-las 😉

Uma das melhores maneiras de descobrir a si mesmo é explorar suas paixões.

Quando você se envolve em coisas pelas quais é apaixonado, estimula energias criativas. Se você é apaixonado por costura, costure! Quanto mais você costurar, começará a se ver como um costureiro talvez até um mestre em seu ofício. Essa exploração lhe dará confiança e experiência, o que ajuda a fundamentar positivamente seu senso de identidade.

Mas e se eu não souber o que me apaixona?

Quando sua identidade foi construída pelas expectativas da sociedade, é natural que você não saiba pelo que é apaixonado. Isso está ok 🙂

Mas se você não tem nenhuma paixão, desenvolva-a.

“O que? Como vou desenvolver algo se nem mesmo o tenho?”

Se você não sabe qual é a sua paixão, não se desespere. Em vez disso, experimente hobbies e projetos que estão disponíveis para você agora.

O quintal parece um pouco cheio de ervas daninhas? Tente cobrir os canteiros, plante algumas flores. Talvez você perceba que tem paixão por jardinagem.

Ou talvez não. Mas tudo bem. É tudo uma questão de exploração. Você precisa explorar as possibilidades.

Desenvolver uma mentalidade de crescimento é um componente-chave para explorar suas paixões. Ao longo do caminho, você descobrirá quem você é. Se você está procurando alguma inspiração para desenvolver uma mentalidade de crescimento, confira essas frases de reflexão: 101 Frases sábias de REFLEXÃO sobre a vida

5. Desenvolva seu círculo social

O ser humano é um ser social por natureza. Muito de nossa identidade é moldada por nossos amigos e familiares.

Enquanto você trabalha para descobrir “quem você é”, você precisa criar ativamente seu círculo social.

Isso significa escolher com quem você quer estar. Significa escolher quem deixar entrar e quem deixar sair de sua vida.

Você deve estar com pessoas que estejam alinhadas com seus valores e identidade.

O autor e coach de relacionamentos Marcelino Carvalheira, explica:

“Quando você entende o que é mais importante para você na vida – seus valores de vida – você pode esclarecer quem você é escolhendo seus círculos sociais com base em valores compatíveis. Você também pode ter grande clareza em seus relacionamentos, pois se vê refletido nas pessoas ao seu redor.”

Dizem que você é a média das cinco pessoas com quem mais convive…

Isso é verdade. Você pode se julgar pelas pessoas com quem anda.

Se você espera se desenvolver como pessoa, olhe para o grupo de amigos que você tem. Eles estão te motivando ou te paralisando?

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Sua identidade é um processo contínuo

A tarefa de descobrir quem você é não é fácil.

É provavelmente uma das coisas mais difíceis que você enfrentará.

Uma das piores coisas que você pode fazer (durante esse processo) é se pressionar para descobrir imediatamente.

Descobrir sua identidade é uma jornada, não um final.

Quando corremos para a linha de chegada, esquecemos o valor do processo de crescimento.

Identidade não é um termo estático. Por que deveria ser? Estamos constantemente crescendo, mudando, evoluindo. Temos trilhões de células em nossos corpos que vivem e morrem o tempo todo.

Somos dinâmicos! Nossas identidades também devem ser dinâmicas!

Nossa identidade deve ser vista como um processo contínuo. Em vez de um instantâneo estático, devemos abraçar um senso de auto-fluxo, pelo qual estamos perpetuamente re-enquadrando, reorganizando, repensando e re-considerando a nós mesmos.

Quão diferente seria a vida se, em vez de perguntar quem sou eu, contemplássemos como gostaríamos de nos envolver com a vida?

Quando você aceita que sua identidade é dinâmica, você começa a definir exatamente quem você é. Relaxa! Você é você! Você sabe o que você valoriza, o que você gosta e o que você quer ser. Se isso mudar, tudo bem. Comece de volta a partir do passo um.

Não tenha medo do crescimento.

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Desintegração positiva

O crescimento tem um custo. Quando você descobre quem você realmente é, precisa se livrar das partes de você que não são saudáveis.

Então, como passar por esse processo tão complicado? Quando você tem que se livrar de partes de si mesmo para se tornar quem você é, pode parecer que você está se dividindo em dois.

Dividir-se em dois pode ser assustador, certo? Existe o medo de que você possa estar jogando fora uma parte valiosa de si mesmo – uma parte de você que você manteve por muito tempo.

Mas, você tem que lembrar, essa parte não é você. Temos que abraçar nossa capacidade de mudar, evoluir e nos tornarmos melhores.

Temos que nos engajar na Desintegração Positiva. O objetivo desse tipo de desenvolvimento pessoal é identificar e manter a mentalidade e os comportamentos que nos servem bem e eliminar os padrões que nos impedem e limitam nossas possibilidades.

Quanto mais pudermos abraçar o que funciona e se alinha com o nosso verdadeiro eu e deixar de lado tudo o que inibe a expressão autêntica, mais experimentaremos a vida como somos natural e verdadeiramente.

Você tem que deixar ir as coisas que estão te prendendo. Você tem que confiar que está fazendo a coisa certa ao se livrar das partes de você que não são você.

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Então quem és tu?

Isso nós já conversamos: descobrir quem você é é uma jornada sem fim.

Como um rio em movimento, você nunca está no mesmo estado. Você sempre vai mudar, evoluir, crescer.

Por que ficamos tão presos à nossa definição de identidade?

É porque todos nós desejamos as mesmas coisas: felicidade, paz e sucesso.

Sem descobrir quem você é, você sente que nunca chegará perto de nada disso.

Então, em sua jornada de autodescoberta, lembre-se de dar um passo para trás e refletir sobre si mesmo:

“Estou tomando decisões com base em meus valores? Eu sou quem eu quero ser?”

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