Eu Tenho é Medo de Sentir Medo

Eu não sei exatamente qual foi o marco temporal que transformou as pessoas em versões covardes delas mesmas. A única coisa que sei é que fugir de se relacionar com as pessoas, por ter medo de se envolver, para evitar se machucar, é a receita mais fadada ao fracasso que eu já conheci.

Um dia eu escrevi: “Não se envolva, para não se machucar… não tenha expectativa para não se frustrar. E aí? Como que a vida continua então, minha querida? Não anda, para não correr o risco de tropeçar. Não respira, não pisca, não sai de casa… Nem levanta da cama então, né? Melhor ficar lá?!” e desde então eu percebi que não só nada mudou, como só tem piorado. É bizarro pensar que vivemos nessa bolha de comodismo de aceitação de tão pouco merecimento. Tá todo mundo com medo de se permitir por ter medo de sentir e no fim ninguém está se permitindo viver. Existe um mundo de possibilidades e as pessoas têm se limitado em ficar nesse espacinho pequeno de tão pouca reciprocidade.

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Eu mesma, sinceramente, já nem tenho mais tanta coragem de abrir meu coração para qualquer possibilidade, porque entre bancar o que se sente e cair na “friendzone” bem mal estruturada, as pessoas têm escolhido a segunda opção sem pensar duas vezes e chega uma hora que cansa ser ‘sempre amiga, nunca amada’, né?!

Está tudo muito raso, as pessoas têm se mantido nessa fixação em “quantidade ao invés de qualidade” e estão vivendo relações tão superficiais que elas mal chegam a conhecer por completo a pessoa que tem se relacionado. Se quer saber… elas mal tem se conhecido, na verdade.

Está tudo tão volátil que as pessoas têm trocado de relacionamento como trocam de roupa e na maioria das vezes, não têm tido nem o cuidado de dobrá-las antes de guardar. Para quê ter cuidado com alguém além de si mesmo? Para quê ter responsabilidade afetiva? Só joga a roupa ali no canto mesmo, que em algum momento alguém recolhe…. não é assim que muitos pensam?!

Triste né?! Eu acho triste essa forma de tratar as relações de forma tão descartável. Só rezo para que um dia as pessoas acordem desse pesadelo e parem de se contentar com tão pouco e oferecer tão pouco, mas enquanto esse dia não chega, sigo tentando entrar nessa piscina chamada vida e tento encontrar um pedaço dela que não seja tão raso para que eu possa mergulhar, sem nem saber se vai dar pé.

Diandra Ferracini

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Foto: Unsplash

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