Baixa autoestima está quase sempre ligada a Relacionamentos Abusivos!

Vou começar esse post com um alerta! Se você acredita que está vivendo em um Relacionamento Abusivo, não culpe a si mesmo(a), pelo contrário, busque ajuda, mesmo que você encontre em si mesmo(a) jeitos, falas ou até mesmo atitudes que favoreçam o abuso.

É bastante comum um relacionamento abusivo estar ligado com a fraqueza na autoestima, sendo de um ou ambos no relacionamento. Uma pessoa que possui insegurança sobre seu existir, fazer e ser, acaba muitas vezes se relacionando com pessoas que tendem a oferecer o contrario, a segurança, a confiança e a atitude.

VEJA TAMBÉM:

Ao mesmo tempo que parece um alivio e uma solução, é muito comum que esta relação reforce de alguma forma e ainda mais a insegurança e falta de um e o poder e controle do outro, facilitando assim significativamente uma relação abusiva.

Como podemos caracterizar um relacionamento abusivo?

É preciso entender que uma pessoa abusiva possui características comuns a praticamente todas as pessoas e por isso há muita dificuldade em saber ou prever a possibilidade de estar com alguém assim.

Podem ser pessoas muitas vezes animadas, envolventes e sedutoras, também podem ser firmes, cheias de conhecimentos, aparentando segurança e sabedoria. Costumam possuir discurso de ajuda, ensinamento e até de proteção, mas o ponto que merece atenção é que costumam estar sempre certas e precisam de alguma forma desmerecer, desacreditar ou finalizar e substituir por seus saberes e atitudes aquilo que antes era do outro.

E assim acabam conduzindo, controlando e intimidando o parceiro. E muitas vezes não utilizam de violência, agressão, xingamentos, há muitos abusos disfarçados de boas intenções, palavras amorosas, ditos religiosos e com voz mansa e gestos afetuosos.

O que característica um abuso é o fato de um lado ser desvalorizado, intimidado, acuado e sentir duvida sobre sua pessoa e seu saber. É também acreditar que o outro é maior e mais do que a si mesmo, é sentir que deve ser grato, mesmo quando se sente intimidado e pequeno. É ser a sombra e viver escondido de si mesmo, atrás de o outro que reina e dita sobre seu ser e seu viver.

Como a autoestima se mostra dentro do relacionamento?

A autoestima de uma pessoa é estimulada e estruturada ao longo de toda nossa vida desde o nascer e através de olhares, gestos, falas, carinhos, ensinamentos e referências formamos nossos conceitos e aprendemos qual nosso valor enquanto ser e também com o meio.

A família e o meio social são fundamentais e é através dele que sentimos ou não se somos importantes, amados, valiosos, desejados, se devemos reinar ou nos esconder.

VEJA TAMBÉM:

Uma pessoa com baixa autoestima é aquela que não reconhece seu valor enquanto pessoa, não está satisfeita consigo mesma, desde aparência até conhecimentos e escolhas que fez e faz para sua vida. Possui um autojulgamento forte e sempre tende desvalorizar ou enxergar suas falhas, erros e faltas.

Costuma não se dar parabéns, mas sim sempre dizer que poderia ter feito mais ou diferente e tende a acreditar que o outro é e pode mais que ela. Mas também pode ser aquela pessoa que vive se elogiando exageradamente, porque no fundo pensa o inverso.

Há diversas formas de uma autoestima se apresentar fragilizada, porém, independente de como irá se manifestar, o ponto central é que envolve uma angustia de falta e de desamparo existencial e por isso seu discurso e sintomas se apresentam sempre no desmerecimento e ao mesmo tempo na esperança de que alguém o ajude e o encontre, estão a espera (inconscientemente muitas vezes) de um olhar que os reconheça e acalme sua angustia.

E é aí que costumam se expor ou colocarem em situações com outras pessoas que podem se aproveitar deles.

Apesar de o lado sombra, quieto e escondido apresentar sintomas e reações mais comuns e por isso ser mais facilmente identificado como autoestima frágil, é preciso entender que o lado aparentemente confiante, também pode expressar, sua fragilidade, através de atos disfarçados como força, sabedoria e coragem e muitas vezes até mesmo ser manipulado por aquele que julgamos ser o inseguro.

VEJA TAMBÉM:

Através de uma fantasia e discurso que mistura culpa e salvação, responsabilidade e ajuda pode acabar se prendendo a alguém inseguro e vitimizado e esse acabar abusando do outro, criando uma historia cheia de culpas e vitimização.

Um problema mais profundo…

Estar numa relação abusiva já costuma ser um sinal de que a autoestima já estava fragilizada antes, porém ainda não se percebia. E somente então com este cenário que expõe de alguma forma excessivamente seu “baixo valor” pelo olhar e gesto do outro é que se toma conta de que também se coloca nesse lugar desmerecido.

Trabalhar a autoestima através de diversas possibilidades desde terapêuticas, a estudos e conhecimentos e até exercícios físicos é fundamental para gerar a possibilidade da pessoa continuar estruturando ou ressignificando seu valor consigo e com o mundo e somente assim poderá se preservar ou evitar situações abusivas.

Esse costume normativo acaba sendo um grande gerador de falhas na autoestima, pois limitam o ser, o sentir e o existir por si mesmo. Entender, aceitar ou usar de certas situações porque é o normal, determina e obriga que muitas pessoas apenas sejam conforme as normas e regras e assim não aprendem a perceber-se, conhecer-se, respeitar-se e nem mesmo aprendem a lidar consigo mesmo nas conquistas e dificuldades.

Este cenário também colabora para que outras pessoas acreditem que sabem mais, são mais e podem mais e assim temos o cenário estabelecido com autorização e estimulo social.

Como disse antes, não há como prever ou criar ideias antecipadas sobre alguém abusivo nem mesmo sobre falhas na autoestima (a menos que apareça muito gritante e exagerado). Mas se puderem prestar atenção nas ideias aqui apresentadas e puderem olhar para cada pessoa, para cada relação e observar, possivelmente já podem perceber algo e até mesmo buscar ajuda se for o caso.

Esse post te ajudou? Deixe seu comentário e compartilhe com seus amigos! 🙂

Fonte: minhavida.com.br

Compartilhe:
Rolar para cima