Relações tóxicas: Pra se curar, você precisa se afastar!

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É libertador quando você se cura de um relacionamento abusivo.

Vim de uma família disfuncional, e desde pequena me sinto um peixe fora d’água e a sensação de não pertencimento acompanha toda minha história de vida.

Me sentia só e desprotegida, mas sempre me calei diante de tudo que vivenciava. Tive sérios problemas com minha mãe,  por ser diferente e, como eu era a filha preferida, acabei criando uma barreira de proteção muito grande e uma auto suficiência que se tornou mais um motivo para insultos e humilhações por parte de meus familiares — por eu tentar me proteger, era rotulada de empoderada, levando-me a acreditar que diante dessa fortaleza, qualquer melindre ou dor emocional eram inconvenientes ou desnecessários.

Essas toxinas vinham de todos os membros da minha família, exceto de meu pai, que era ausente, adicto e alienado — motivo a mais pra eu ser propensa a ser uma dependente emocional.

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Nesses choques psicológicos de realidade, vivi minha infância e já na adolescência estava mais consciente do que queria ou não pra minha vida. Comecei a me rebelar contra o sistema e não concordava com quase nada em relação à autoridade abusiva e às regras que só valiam pra alguns; me rebelando, angariei arqui-inimigos pra uma vida toda, disfarçados de familiares maravilhosos que “só queriam o meu bem-estar”.

E hoje aqui estou, partilhando minha história pra mostrar que é assim que se constroem relacionamentos tóxicos, seres humanos disfuncionais que geram elos, onde os seus parceiros sexo afetivos vão ter as mesmas características e algumas pessoas irão achar normais, porque é isso que elas têm como referência de uma vida toda.

Só que eu, como rebelde que sou, e como uma voz sempre gritou dentro de mim que tava tudo errado e que eu não era obrigada a aceitar esses abusos por conta dos laços sanguíneos, resolvi quebrar a corrente; não vou dizer que é fácil, que não causa dores, culpas ou um misto de sentimentos contraditórios, o rompimento é sofrido, mas é também libertador.

Muita terapia, alguns tarjas preta, um estudo minuncioso sobre meu eu interior, meus anseios e uma vontade enorme de romper com crenças limitantes que só causam sofrimento… passo a passo, dia a dia, trabalhando, refletindo e decidindo…

Decisão final, não havia outra saída, não havia paliativos, nada que rompesse esse padrão adoecido a não ser o único caminho que se abria à minha frente: rompimento total, contato zero.

Hoje, olhando pra trás, vejo que esse rompimento era tão necessário quanto urgente, porque não me afastei apenas da minha família, me afastei também da possibilidade de me envolver em outros relacionamentos disfuncionais.

A minha vida tomou um rumo diferente, porque eu tive a coragem de fazer diferente!

Meire Rodrigues

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