Você se foi mas não me deixou sozinha…

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Você se foi mas não me deixou sozinha… sigo sempre acompanhada pela saudade. E confesso… ela não é a melhor das companhias.

Ela é tão chata com sua necessidade enorme em insistir querer me lembrar de você. Por causa dela ainda não consegui jogar fora aquele ursinho de pelúcia que você me deu… “Ele fica tão bonitinho enfeitando sua cama.”

Por causa dela, pulo várias músicas da minha playlist… “Essa foi ele que te mandou, né?!” “Lembra quando ele te disse que essa música lembrava você?”

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Por causa dela não consigo mais passar por alguns lugares que antes não significavam nada, agora sobram gatilhos para tantas lembranças… “Era ali onde vocês ficavam, lembra?”

Ahhh! Tantas e tantas lembranças… Você está em tudo. Qualquer coisa idiota me lembra você. Por que está fazendo isso comigo? Já dói demais a tua partida…

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Você levou tantas coisas mas esqueceu de levar a saudade. Acho que essa é a razão por eu estar tão triste. Se ao menos a tivesse levado, eu olharia para nossos momentos com lágrimas nos olhos mas com um sorriso no rosto. Um sorriso calmo e compreensivo. Mas a realidade não é essa. Eu olho para o passado com mágoa.

E é de madrugada, quando estou chorando sozinha agarrada ao meu travesso que a saudade se torna a pior companhia possível. Mas ela me olha com ternura, afaga os meus cabelos e me promete com o olhar triste: “Não chore! É você quem me prende aqui. Mas prometo que um dia irei embora…”

Kethellen Ramos

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