Caramba… quando que eu fiquei dependente de você e não percebi?
Dependente de ler palavras que saíam de sua boca, de saber sobre seus sentimentos, de entender seu ponto de vista? De saber como foi seu dia? O que fez, o que deixou para amanhã…
Independente da quantidade de dias que eu me privei de falar com você, sempre os finalizei com uma abstinência gigante de sua presença implorando para que você me mandasse um “oi”, um “boa noite”. Que me conte como foi seu dia, com quem conversou, por onde andou.
Me conta por favor… me mostre que depende de mim assim como dependo de você. Mas não tenho respostas.
Droga, durante anos estou em tratamento de você e ainda não achei a cura para meu vício. O tempo distante só alimenta essa vontade de te ver, ouvir e te sentir.
Parece que a cada dia fica mais forte e resistente, e qualquer tentativa de te arrancar de dentro do meu coração fracassa e meus olhos não escondem a dor e deixam transbordar a saudade massante de você que já não cabe dentro de mim…
Muitas vezes sinto que essa saudade está se tornando física, sinto algo tão forte e real que chego a sentir dores. Quando vejo o real motivo, é só saudade de você…
Você faz falta, sua falta dói e essa sim é a droga mais letal que alguém pode experimentar, pois não tem cura, nem tratamento e nem remédio, só tem você. Minha droga…
