Suas dores não definem quem você é

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Você não está preso às coisas deste mundo – pela maneira como você olha, pelas escolhas que faz, pelos momentos pelos quais passa.

Esta vida vai passar, por isso não podemos ficar eternamente presos a estas pequenas lascas do tempo, e especialmente não aos dias que nos sepultaram, ao quebrantamento que temporariamente pesou sobre nossos corações.

A dor faz parte do ser humano. Como respirar, como pensar, vamos enfrentá-la inevitavelmente, e por mais que tentemos nos erguer, manter nossos peitos batendo forte e nossas cabeças erguidas, nós desmoronaremos de tempos em tempos.

Nós perderemos nossa faísca. Nós vagaremos sem rumo pelos nossos dias, lutando para encontrar propósito, paixão e paciência.

Mas essa dor que sentimos não durará para sempre. Embora possa causar caos em nossos corações, não fará dele um lar permanente.

O desgosto, a depressão, a amargura, a exaustão – essas coisas são temporárias, mesmo quando parecem ser tudo o que somos. Um dia vamos acalmar nossa respiração, encontrar nosso equilíbrio e dar um passo à frente novamente. Um dia o tudo se esclarecerá e nós olharemos para o céu com uma sensação renovada de identidade. Um dia, não pensaremos no que já não temos mais, mas seremos preenchidos e encorajados por tudo o que possuímos, tudo o que está dentro de nós.

Um dia essa dor será uma mera memória – nunca uma definição.

Quando passamos por tempos difíceis, às vezes colocamos nossa dor em nossos rostos, em nossos corpos, na maneira como nos comportamos. Nós nos tornamos tão cercados, tão presos no vazio que deixamos que isso nos consume. Nós esquecemos de quem somos.

Às vezes, permitimos que nossa dor seja a primeira coisa que as pessoas veem quando olham para nós; nós nos tornamos propriedade dela, em vez de nossa verdadeira identidade.

Mas devemos nos lembrar da verdade sobre a dor – ela não define quem nós somos. Nós não somos as vezes que caímos, os fracassos, os dias difíceis. Nós somos infinitamente mais.

Somos risos e piadas, abraços e conexões, família e amizade e momentos de celebração. Somos humanos – imperfeitos, mas ainda capazes de coisas extraordinárias. Somos todos os pequenos momentos de nossas vidas, todas as maneiras que crescemos, moldamos e mudamos a nós mesmos e a nosso mundo.

Nós não somos apenas os momentos em que perdemos, não somos apenas corpos vagando sem rumo por aqui nesta terra. Não somos causas perdidas e nosso valor não é determinado pelo peso do que passamos.

Quem somos como pessoas não é definido pelas partes negativas de nossas vidas, mas pelas positivas. Pelas formas em que nos levantamos depois de sermos empurrados, e pela facilidade de se levantar logo após a queda. A propósito, continuamos e nunca desistimos!

A dor é um componente de nossa humanidade, às vezes até necessária para nos ensinar, para nos edificar, para nos ajudar a moldar nossa identidade. Mas não é o fator que determina nossa dignidade, nem a única coisa com a qual nos carregamos ou nos rotulamos.

Nós perderemos amigos, perderemos nossos entes queridos, perderemos nossa força e brilharemos de tempos em tempos, mas nunca nos perderemos completamente.

Nós podemos ser quebrados, mas nunca destruídos.

Podemos mudar, mas nunca nos tornamos irreconhecíveis. Podemos experimentar tempos difíceis, mas jamais eternizar esses momentos.

Podemos enfrentar a dor, mas ela nunca nos definirá.

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