Houve um tempo em que eu fiquei imaginando por que existiam pessoas boas e algumas ruins.
Por que haviam caras legais e insuportáveis? Corações bons e maus? Pessoas cujas correntes sanguíneas eram cheias de compaixão e outras tinham corações feitos de arsênico?
E por essa lógica, eu mesmo devo ser uma pessoa boa ou ruim.
Eu deixei essa consideração pulsar em meus relacionamentos (de todas as naturezas). Eu estava constantemente procurando evidências de que as pessoas com quem eu estava eram boas pessoas. E que eu era uma boa pessoa em espécie.
Algumas pessoas aplacaram meus medos — elas viram o melhor em mim e, consequentemente, tiraram o melhor de mim.
Outras fizeram o oposto.
E com o tempo, aqui está o que aprendi da maneira mais difícil: haverá certas pessoas que estarão firmemente comprometidas em despertar o pior em você.
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Existem pessoas que procuram o mal nos outros, com uma sede de sangue quase que insaciável. Elas são mestres do aprisionamento emocional: instigando e antagonizando situações — seja consciente ou inconscientemente — a fim de revelar suas monstruosidades. Para provar a si mesmo que você é, de fato, o monstro que elas suspeitam que você seja.
E aqui está o que resume essas pessoas — pessoas que estão sempre vendo o pior nos outros: elas agem dessa forma porque não podem ver nada de bom em si mesmas.
As pessoas que vivem procurando o mal em outras pessoas fazem isso porque querem companhia na maneira de como se veem.
E quero compartilhar algo com você que eu gostaria de ter aprendido muito cedo na vida:
Se o seu parceiro só desperta o pior em você, sai logo desse relacionamento!
Não fique com alguém que esteja procurando expor todas as suas partes mais sombrias. Não se entregue a uma pessoa comprometida em despertar o mal em você. Porque sim, há muita maldade dentro de você. Não tenha dúvidas. Há muita maldade dentro de todos nós!
Mas eu posso te afirmar com toda certeza do mundo que também há MUITA bondade. E compaixão. E honestidade. E integridade. E força. E quais partes de nós mesmos prevalecem depende apenas de quais partes nós colocamos em evidência.
Por isso, esteja com alguém que invoque seus pontos fortes.
Namore alguém que veja e priorize o seu potencial. Que saiba o que está enterrado dentro de você — mas que não precisa trazer isso para a superfície.
Namore alguém que tenha consciência de que você é um ser falho, mas que valorize seu enorme potencial de se tornar vitorioso.
Namore alguém que entenda que você é uma mistura volátil de bem e mal — como qualquer outro ser humano — e que tenta, todos os dias, inspirar o bem em você.
Não namore com a pessoa que testa suas virtudes, que ultrapassa seus limites, que tenta te derrubar para expor as piores partes de você. Namore a pessoa que está comprometida em trazer o seu melhor.
Aquela que te encoraja, apóia e faz você acordar genuinamente querendo ser a maior e mais magnânima versão de si mesmo todos os dias.
Mantenha ao seu lado alguém que entenda que ela própria é sombria, distorcida e cheia de minas terrestres de vícios, mas que também é compassiva e paciente, e essa é a parte de si mesma em que ela está trabalhando para crescer.
Porque a verdade é que existe bem e mal em todos nós. Mas a parte que irá crescer será aquela que a gente alimentará mais.
Então, esteja com alguém que alimenta as melhores partes de quem você é.
E, como resultado, você se transformará na maior e mais genuína versão de si mesmo!
