Quando a Lua passou a ser nossa

Ontem, no meio da noite, acordei e não conseguia mais dormir.

Olhei para fora da janela e lá estava ela, toda linda, toda grande, toda brilhante.

Parecia que a Lua estava se exibindo justamente para mim, justamente para eu admirá-la.

Parei por um minuto, e deixei minha mente vaguear por um tempo…

Fiquei pensando que é ela, justamente ela que me aproxima dele.

Apesar de toda distância que somos obrigados a conviver, a Lua é a mesma para nós dois.

Queria ligar para ele nesse exato momento e pedir para que ele dividisse esse momento comigo, que ele apreciasse a Lua, porque foi a partir daquele momento que ela passou a ser a minha Lua, a Lua dele, a nossa Lua, e eu queria muito que ele soubesse disso.

Eu queria muito que ele soubesse que ele tem feito meus olhos brilharem cada vez que falo dele.

Que eu tenho soltado um sorriso de canto, daqueles bem bobos, quando ele me manda mensagem de bom dia.

Que eu tenho ficado com a garganta seca, quando ele me elogia e eu não sei o que responder. Não porque eu não gostaria de elogiá-lo em troca, mas porque eu não estou acostumada com esse tipo de coisa, porque eu queria que ele soubesse que uma parte minha tem ficado escondida, simplesmente porque tenho tido muito medo. Esse coração aqui já foi machucado demais, mas eu queria que ele soubesse que eu estou tentando curá-lo aos poucos, e ele tem sido um dos meus remédios para isso.

Eu queria muito que ele soubesse que meu olho tem enchido d’água cada vez que ele me diz estar com saudade.

Que eu tenho aprendido o significado de “distância, tempo e paciência”…

Peguei no celular, disquei o número dele e foi quando me dei conta do horário.

4:52 da manhã, e apesar dos 452km que nos separam, para ele também era 4:52 da manhã, e ele deveria estar dormindo…não, eu não queria acordá-lo.

Desliguei o celular, e fui dormir, sem ter contado para ele sobre a nossa Lua…mas como eu queria que ele soubesse…

Diandra Ferracini

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