Você já se sentiu sozinho?
Sozinho mesmo, com todo o barulho que o silêncio faz?
Eu sei o que é se sentir sozinho, saber que as pessoas de fato
não se importam com você, elas não ligam.
Elas querem te usar. Não querem enxergar além do que você é
como ser humano. E as que enxergam nós deixamos ir…
talvez por não saber o que temos em mãos ou o que queremos…
As vezes me pego pensando nas despedidas…
Por que a gente valoriza só depois que a gente perde?
Fico como um moinho girando pela minha mente, e pensando em quantas pessoas eu perdi por deixar ir e quantas pessoas me perderam por não me valorizarem.
O afeto, a cumplicidade, a amizade, o amor, o desejo, o partilhar, a bochecha distanciando dos lábios… os olhos que se fecham e os palmos que ficamos no chão…
O que será que a gente é para todas as pessoas que já se despediram de nós?
As pessoas parecem sempre ter pra onde ir, sempre existem outros caminhos e outras opções. Não é sobre a despedida. É sobre o ato de se despedir…
É sobre o que fica de quem você se despede ou deixa ir…
É sobre esse vazio, o buraco na alma…
É sobre a tempestade, boa ou ruim…
Há despedidas que são despedidas,
Há despedidas que são um até logo…
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Há despedidas que são “volte pra cama”…
Há despedidas que são “você está me deixando partir”…
Há despedidas que são Intraduzíveis…
Mas todas elas têm algo em comum…
Existe um elo nas pessoas… Algo de você nelas e algo delas em você…
Mas há despedidas que são poesia…
Há aquelas que nos fazem chorar por um tempo,
mas que depois nos curam…
Há despedidas que nos fazem sonhar…
Nunca é sobre despedida…
é sobre o que se perde…
e muitas vezes perdemos por nossa culpa…
A vida ensina, e o coração traduz em sentimentos…
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Só precisamos saber ouvir e ter a coragem de seguir em frente.
Eu dei sorte de encontrar esse meu elo…
um que acredito ser infinito.
E por que a poesia precisa deixar o Rock? Rock sem poesia é só barulho.
Quando ela chega tudo ganha sentido, tudo fica compreensível, tudo fica mais leve.
Ela é a calmaria do meu porto seguro, o destino mais lindo da minha viagem nessa terra…
Por isso despedir dela, é como deixar um pedaço gigante no peito aberto.
Talvez ela não saiba, mas é dela o meu sorriso, é dela meu pensamento.
Pertence a ela minhas vontades mais secretas, talvez ela não entenda e não saiba dimensionar, mas toda noite quando me deito e penso no futuro…
Ela está lá, só ela, com ela, para ela..
Ela não sabe, mas vai saber.
Amor, te amo e já não quero que tenhamos mais despedidas.
Dedicado à mulher da minha vida, Lívia Lisle.
