Diário de quarentena (parte 2)

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Os dias têm sido complicados pra todos nós mortais, e eu por aqui aproveitando pra refletir sobra vida, tenho pensado em quantas inúmeras e diferentes pessoas passaram por mim ao longo dessa caminhada terrena; alguns trouxeram muitos sorrisos, outros muitas dores mas todos, sem exceção, muito aprendizado.

Li um dia desses em algum lugar que sempre deixamos marcas profundas na vida das pessoas que convivemos — não me lembro o nome do autor —, mas super concordo com ele e divagando sobre isso, pensei na importância de cada detalhe que vivemos nos dias felizes de cada história.

Sempre terá uma música que irá te fazer parecer idiota ao lembrar, porque ela representou uma declaração de amor numa sexta à noite depois de um dia bem cansativo.

Um filme que vai te fazer chorar, porque a saudade vai bater tão forte quando você se lembrar que aquele romance que parecia eterno, não durou mais do que as estações.

Um desconhecido na rua irá fazer o mesmo gesto de alguém que você amava muito e ao correr para abraça-lo, você irá descobrir que se enganou de pessoa.

E aquela comida que você quase implora para que sua amiga não a faça quando te convidar pra almoçar, porque era o prato favorito dele.

Ah… e ainda tem a lua, que poxa, não dá pra contempla-la sem lembrar das juras de amor eterno em noites iluminadas por ela.

Tantas coisas, um bendito pen drive esquecido no armário, que ao abrir, você se depara com mil fotos de um feriado qualquer num verão qualquer ao lado dele.

Tantas recordações, tantos momentos lindos que você acreditava ter deixado no passado e agora voltam com força. Cada vez que um cenário se repete, mesmo com personagens diferentes e mesmo sabendo que são só memórias de um tempo, a emoção que aflora no momento parece realmente rasgar o coração.

Remember de uns dias aí, provavelmente sintomas de quarentena que logo logo serão esquecidos…

Meire Rodrigues

VEJA PARTE 1:

Diário de quarentena

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