Já ouviu falar em filofobia ou medo extremo e irracional de se apaixonar? Continue lendo e descubra como superá-lo!
Os relacionamentos são um terreno complicado, feito de emoções às vezes opostas e caracterizadas por uma certa ambivalência. Algumas vezes, eles não ocorrem exatamente como gostaríamos e conflitos e términos acontecem.
Experiências desagradáveis podem causar, em algumas pessoas, um certo medo dos relacionamentos. O medo de se apegar, o medo de sofrer por amor e, enfim, o medo do amor e de tudo que um sentimento como esse pode acarretar, pode impedir alguém de aproveitar ao máximo os relacionamentos.
Ter medo de se apaixonar pode ser normal: o amor nos expõe a “riscos” e, portanto, nos torna mais sujeitos a possíveis sofrimentos (mas também, não esqueçamos, as muitas emoções que podem enriquecer positivamente nossas vidas).
Mas o que acontece quando esse medo se torna incapacitante e afeta substancialmente a nossa vida? Provavelmente, em casos como esse, o medo de amar pode se transformar em filofobia. Vamos ver melhor do que se trata.
O que é filofobia ou philophobia: origem e significado do termo
Como muitas vezes acontece, para entender bem o significado da palavra filofobia, vamos dar uma olhada em sua etimologia. A palavra filofobia tem raízes etimológicas no grego antigo e deriva da união de philia, que podemos traduzir como “amor” ou “amizade profunda”, e phobos, que se traduz como “medo” ou “temor”.
Etimologicamente, a filofobia indica, portanto, o medo do amor ou o medo de amar. Mas não só isso. O significado grego de philia nos fala de um amor que não só é dado, mas também recebido, retribuído e compartilhado.
É por isso que, quando falamos de filofobia, além do medo de amar, podemos falar de uma condição que leva os indivíduos que a experimentam também a ter medo de ser amados.
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Tenho medo de me apaixonar: Será que sofro de filofobia?
A filofobia, como vimos, é o medo intenso e persistente de se apaixonar ou de estabelecer relacionamentos românticos. Embora o termo se refira a fobias, no DSM-5 e em outros manuais diagnósticos não há menção a essa condição.
Quem experimenta a filofobia pode evitar ativamente situações que envolvem afetos românticos, temer a rejeição amorosa e manifestar ansiedade diante da ideia de estabelecer laços profundos. Outros sintomas podem incluir:
- Evitamento da intimidade, sexual e emocional
- Instabilidade relacional
- Baixa autoestima no amor
- Preocupação excessiva com o futuro do relacionamento
- Dificuldade em confiar nos outros
- Atelofobia
Esses sinais podem impactar negativamente a qualidade de vida e as oportunidades de construir conexões significativas.
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Acesse AgoraSintomas da filofobia
Quem manifesta o medo de amar ou a filofobia, muitas vezes conectado ao medo de ser ferido no amor e ao medo de ser amado, pode adotar uma série de comportamentos que refletem a resistência e a ansiedade ligadas aos relacionamentos românticos.
Em suma, ter “borboletas no estômago”, para uma pessoa filofóbica, não é uma sensação tão agradável como costuma ser descrita por quem está passando por uma fase de enamoramento. Naturalmente, a maneira como um filofóbico se aproxima do amor pode variar consideravelmente com base nas experiências pessoais.
No entanto, existem alguns comportamentos comuns que podem surgir:
- Evitar situações sentimentais: a pessoa filofóbica pode tender a evitar situações que requerem um compromisso emocional profundo e até mesmo fugir por medo de se apaixonar.
- Colocar uma distância emocional: para se proteger da possível dor causada pelo medo de ser rejeitado ou pelo medo do abandono. Isso, às vezes, pode levar à implementação de dinâmicas de contradependência afetiva.
- Sabotar relacionamentos: em certos casos, o medo de uma relação pode levar o indivíduo a se comportar de maneiras que dificultam a construção de laços significativos, criando assim uma espécie de auto-sabotagem alimentada por sentimentos de insegurança e inadequação.
- Ter medo da intimidade: o filofóbico pode ter considerável dificuldade em se abrir emocionalmente e aceitar a intimidade, precisamente porque se considera incapaz de amar e ser amado.
- Testar constantemente a relação: a pessoa filofóbica pode buscar confirmações contínuas de amor e compromisso por parte do parceiro, para mitigar sua “ansiedade de enamoramento”.
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Filofobia e sexualidade
A ansiedade quanto ao futuro dos relacionamentos, os comportamentos de auto-sabotagem e a recusa em estabelecer um relacionamento saudável podem influenciar vários aspectos da vida da pessoa, por exemplo, aqueles relacionados à sexualidade.
O medo da intimidade e do compromisso com o outro pode se traduzir, de fato, em uma dificuldade em estabelecer conexões profundas, inclusive no nível físico.
O filofóbico pode evitar situações íntimas ou sentir dificuldade em expressar seus desejos sexuais. Essa atitude, que pode parecer fria e distante, pode ser um mecanismo de defesa criado para neutralizar o medo de perder o controle emocional e o medo de ser vulnerável.
Como, então, viver uma sexualidade satisfatória quando o medo de se relacionar com alguém e de ser feliz no amor nos bloqueia?
Filofobia no relacionamento: amor e sexo
Amor e sexo podem estar interligados, embora nem todos pensem assim. Quer seja um ou outro aspecto, encontrar a intimidade certa e viver uma sexualidade satisfatória requer um enfoque gradual e consciente.
Aqui estão algumas sugestões que podem ser implementadas:
- Ter consciência de seus medos: reconhecer e compreender os medos relacionados ao amor é o primeiro passo. Com a ajuda da terapia de casais, esse processo pode ocorrer de maneira mais consciente.
- Exercitar uma comunicação aberta: falar abertamente com o parceiro sobre medos e preocupações pode ajudar a criar um ambiente de compreensão e apoio mútuo.
- Não ter pressa: reservar um tempo para explorar gradualmente a intimidade física é importante, para garantir que o sexo siga e respeite o ritmo dos parceiros envolvidos.
- Falar com um sexólogo especialista: uma consulta sexual com um especialista pode ajudar a entender e superar os desafios relacionados à sexualidade de uma maneira direcionada e mais eficaz.
Existe uma causa específica para o medo de amar?
A filofobia pode ter raízes complexas. Muitas vezes, experiências passadas de traições, abandonos ou histórias de amor passadas que são consideradas relacionamentos tóxicos podem ser a causa da filofobia.
Modelos comportamentais aprendidos de figuras significativas da infância, como pais ou cuidadores, também podem influenciar a percepção da pessoa sobre confiança e intimidade, provocar querofobia e instilar desconfiança em relação ao amor.
Em alguns casos, a filofobia pode estar associada a transtornos de ansiedade generalizada ou depressão. As causas, ressaltamos, podem variar entre indivíduos e, frequentemente, é uma combinação de diferentes fatores que alimenta esse medo de amar.
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Como ajudar quem sofre de filofobia?
Se estamos vivendo uma experiência emocional com uma pessoa filofóbica, saberemos que a suposta incapacidade de amar e o medo de estabelecer relacionamentos duradouros são algumas das suas principais características.
Como se relacionar com um filofóbico, então? Enfrentar um relacionamento com uma pessoa que sofre de filofobia requer sensibilidade e empatia. Pode ser muito importante:
- Respeitar seus ritmos e limites emocionais: permitir que a pessoa avance no seu próprio tempo sem pressioná-la.
- Evitar forçar situações românticas: não empurrar a pessoa para situações que possam aumentar seu medo.
- Conceder o tempo necessário para construir uma confiança mútua: dar espaço para que a confiança seja desenvolvida gradualmente.
- Exercitar uma comunicação aberta: criar um ambiente seguro para permitir a livre expressão das emoções.
- Mostrar compreensão e paciência diante das resistências à intimidade: evitar julgamentos ou críticas.
- Apoiar a pessoa na busca de um suporte profissional: incentivar a procura de ajuda de um psicólogo ou psicoterapeuta para abordar as raízes da filofobia.
- Manter uma abordagem positiva e construtiva: encorajar pequenos passos preciosos para superar os medos.
Ser um aliado empático no percurso de crescimento e cura da pessoa amada, no entanto, nem sempre é simples. Por isso, pode ser útil também realizar uma terapia de casal direcionada.
Este é um conteúdo informativo e não substitui o diagnóstico de um profissional.