Era sábado à noite e eu resolvi sair. E sai sozinha. Eu me senti perdida, não sabia em que direção ir, você era minha bússola e naquele momento aprendi que posso viver sem uma.
Olhava ao meu redor e via as pessoas com seus grupinhos se divertindo. Vi casais, vi amigos, vi cochichos, risadas e todos ali pareciam estar se divertindo mesmo. Eu estava ali em pé, paralisada, como se eu não soubesse mais agir depois que você foi embora, como se você fosse meu controle remoto e, então, percebi que eu mesma sou meu controle remoto.
E as músicas iam tocando, mas não iam me tocando, até achei que não iria conseguir. Só que os minutos passaram e eu senti que só eu estava ali, não tinha mais ninguém. A opinião dos outros, os pensamentos que, talvez, eles estavam tendo sobre mim não me importavam.
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Eu saí do chão, eu sorri, eu gritei, cantei, vivi e vi que estava feliz. Eu fui eu mesma, eu fui uma versão mudada, eu me vesti de felicidade e fui, saí da minha zona de conforto, mas me senti confortável em ser eu mesma.
Dancei como se ninguém estivesse olhando, não me importei se meu ritmo era descompassado, se eu estava desengonçada ou se alguém poderia rir. Era realmente só eu ali, eu e a música. O resto da multidão sumiu quando eu deixei a música e a vida me conduzirem.
Não havia você, nem ninguém. Eu não cai. Eu não chorei. Eu não lamentei. Eu vivi. Percebi que consigo viver sem algo que eu acreditava que me completava, quando na verdade eu era completa esse tempo todo. E quando voltei pra casa, eu continuava inteira. Dormi inteira e acordei inteira. E o mais importante… Feliz.
Jussara Luzia Pasquali
Você vai superar esse seu relacionamento passado, porque você merece
