Até mesmo pessoas com as mais puras intenções podem realmente fazer uma bagunça quando tentam ajudar — eis o que evitar, e sugestões melhores para o que você pode dizer no lugar 😉
1- “Deixa isso pra lá”
Ah, se fosse simples assim. Há algumas coisas que as pessoas que vivem com ansiedade gostariam que você soubesse, começando com o fato de que não é fácil superá-la. Ansiedade, como todos os estados de saúde mental, é pessoal e subjetiva”, diz a psicoterapeuta licenciada Amy Axtell, MA, de Tuscon, Arizona.
Como reagimos a amigos ansiosos, familiares e conhecidos deve ser igualmente pessoal e subjetivo. Mas essa reação nunca deve ser desdenhosa.
Como ajudar?
Em vez disso, Axtell sugere liderar com um senso de interesse sincero. “Pergunte ao(a) seu(sua) amigo(a) ou membro da família o que ele(a) está sentindo. O que está o(a) provocando? O que ele(a) normalmente faz para encontrar o conforto em momentos de crise?”
2- “Você vai acabar ficando doente”
Muitas pessoas que sofrem de transtorno de ansiedade também sofrem de algum nível de hipocondria ou são propensas a se preocupar com sua saúde. Sugerir que a ansiedade de alguém pode deixá-lo doente só aumentará sua ansiedade, diz Axtell.
Como ajudar?
Viver com uma pessoa que sofre de ansiedade pode ser um desafio, mas muitas vezes a distração pode ajudar. Ofereça-se para fazer um passeio com a pessoa e para mudar cenário, que é muito bom para aliviar a crise!
3- “Apenas relaxe”
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Acesse AgoraDo lado de fora, as soluções podem parecer simples — e há tantas maneiras fáceis de relaxar!
No entanto: Axtell aponta que o estado de ser incapaz de relaxar é um sintoma do transtorno de ansiedade. Dizer a alguém com transtorno de ansiedade para “apenas relaxar” é como dizer a alguém com um resfriado para não espirrar.
Como ajudar?
Axtell sugere reconhecer a ansiedade da pessoa sem julgamento e lembrá-la de momentos em que se sentia mais relaxada – especialmente se foi um tempo divertido que passaram juntos – para ajudá-la a perceber que não ficará assim para sempre.
4- “Talvez você devesse parar de pensar tanto”
Isso é exatamente o que a ansiedade é, diz Axtell: Ela coloca as pessoas em alerta máximo em todos os momentos para qualquer coisa possivelmente perigosa ou preocupante.
Os pensamentos correm, e novas coisas para se preocupar com o surgimento, comportamentos ansiosos (como comer demais, morder as unhas, falar rápido demais) aumentam e se tornam outra fonte de ansiedade, e o ciclo se perpetua.
Dizer às pessoas ansiosas para parar de pensar tanto não vai ajudá-las a parar, diz Axtell – isso só lhes dá mais uma coisa com que se preocupar.
Como ajudar?
Uma sugestão melhor é ajudar a pessoa a voltar sua atenção para outra coisa. Sugira ver um filme juntos, por exemplo!
5- “Talvez você só precise de uma bebida”
Bebida leva a todos os tipos de problemas, adverte Axtell, pois seus benefícios não duram muito tempo e podem levar à dependência.
Ela também salienta que “muitas pessoas que sofrem de ansiedade também têm problemas de abuso de bebidas alcoólicas”. Sugerir que uma pessoa com ansiedade precise de uma bebida vai além da insensibilidade: é muitíssimo perigoso.
Como ajudar?
Em vez disso, sugira fazer uma atividade física em conjunto: O exercício é bastante útil para aliviar os sintomas de ansiedade.
6- “Pare de se estressar com pouca coisa”
Estresse e ansiedade não são a mesma coisa, no entanto, eles são freqüentemente associados. O estresse é uma resposta a uma ameaça em uma situação, e os sintomas incluem palpitações cardíacas, aumento da pressão arterial, rubor facial, alterações de humor e, sim, ansiedade.
No entanto, a ansiedade permanece presente além da duração da situação estressante, ou estava lá antes mesmo disso acontecer. A pessoa ansiosa não pode se livrar do estresse do dia-a-dia, então dizer isso é confuso e frustrante.
Como ajudar?
Axtell sugere oferecer suporte. Por exemplo, você pode ouvir e responder com: “Entendi o que você está dizendo. Você se sente estressado(a) / ansioso(a) / preocupado(a). O que eu posso fazer para te ajudar?” É isso que os conselheiros de crise dizem às pessoas com ansiedade.
7- “Estou estressado(a) também”
Esta afirmação não só confunde estresse com ansiedade, mas também tende a banalizar os sentimentos da pessoa — semelhante a descartar os sentimentos da pessoa ansiosa.
Como ajudar?
Axtell recomenda que você se deixe levar por uma “curiosidade” gentil. Apoie a pessoa ansiosa fazendo perguntas e ouvindo sem julgamento.
8- “Pare de dar importância para as pequenas coisas”
E aí está o problema: para uma pessoa com transtorno de ansiedade, não há pequenas coisas.
Como ajudar?
Em vez de oferecer clichês, Axtell encoraja a aceitação. Deixe uma pessoa ansiosa saber, sem julgamento, que você entende que ela está se sentindo ansiosa, que está tudo bem e que isso vai passar.
9- “Não é só você que sofre de ansiedade”
Mais rude e agora com culpa! Em primeiro lugar, certifique-se de que você não está se confundindo com padrões de comportamentos tóxicos, porque apontar que outras pessoas também sofrem de ansiedade só fará com que a pessoa ansiosa se sinta culpada e envergonhada.
Como ajudar?
Como Axtell vê em sua própria prática, quando os pacientes estão se sentindo ansiosos, eles ainda não estão menos conscientes de que outras pessoas no mundo estão sofrendo também e possivelmente de aflições muito mais devastadoras, incluindo fome, abuso ou doença grave.
10- “Você está criando seus próprios problemas”
Agora você não está apenas culpando a pessoa com transtorno de ansiedade por seu transtorno de ansiedade, mas está dizendo que seus sentimentos são inválidos. Saiba como ser um amigo de apoio e tente fazer outra abordagem.
Como ajudar?
Se você está sem saber o que dizer para a pessoa ansiosa, oferecer um abraço é uma maneira de demonstrar apoio.
Espero ter te ajudado! Compartilhe esse post com seus amigos e deixe seu comentário abaixo! 🙂
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