Amores cotidianos

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Um olhar despretensioso, um perfume marcante, um livro de George Orwell na mão… Foi o bastante para encantar-me, tocar no fundo da minha imaginação e me fazer pensar: “Quem me dera fosse você, a benção prometida de uma companheira para a vida”.

Uma parada de ônibus, na plataforma da estação, no vagão do metrô, sentada na mesa ao lado – sozinha – na praça de alimentação do Shopping, na fila quilométrica de uma lotérica qualquer… Basta ser você, basta ser a sua presença no raio de distância da minha, que já me sinto tocado…

– Amores cotidianos sempre vêm e vão, seja onde for, para onde for, quando se enxerga amor de verdade nas coisas, quando se acredita que: Um dia haverá a sua vez de amar alguém desta forma, encontra-se esses tipos de amores cotidianos na vida, típicos de filmes – aqueles filmes bem sessão da tarde – que nos dá a impressão de se apaixonar por uma pessoa, imaginar com ela uma situação de amor…

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Te amar cotidianamente é te ver, te encontrar, é tremer as pernas no ônibus – por vergonha de lhe dirigir a palavra e você me achar um louco – mas é querer ficar próximo nas aventuras do dia-a-dia das idas e vindas dos transportes públicos, dos compromissos diários onde nos encontramos, nos cruzamos, onde podemos trocar os olhares, ver seu sorriso de canto de boca, seu óculos respingado da chuva surpresa que apareceu para pintar um clima mais aconchegante e improvável possível…

Nunca me senti tão feliz por trombar com você, desconhecida, por sentir meu coração tremer e aquecer mais uma vez, sentir inteligência e pensar em você com toda emoção possível.

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Há quem diga que amor à primeira vista não existe, mas eu digo, não só existe como vivo um todas as vezes que te encontro, na correria para embarcar no ônibus, na correria das escadas da estação para encaixar um lugar dentro do vagão apertadinho, no sorriso que dou ao lembrar dos teus olhos castanhos que me prenderam desde o primeiro momento que cruzei os meus olhos de menino com os teus.

Que eu possa te encontrar muitas vezes ainda… De todo o meu coração, todo o carinho para você, desconhecida encantadora.

Para você, meu flerte cotidiano…

Emanoel Luiz

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