Acorda, amiga. Desapega desse cara!

Esse assunto está tão doloroso de discutir que já estou achando que você precisa de uma intervenção real. Não tem maneira fofa de dizer isso, então vamos logo de encontro à verdade: acorda, amiga, ele não quer nada com você!

E nem adianta dar esse sorrisinho sem jeito e balançar os ombros, dizendo que sabe que ele é complicado. Ele não é complicado, é bem simples: não quer nada com você!

Não adianta se a mão de vocês se encaixam, se ele diz que se importa, que adora seus olhos e que o sexo é incrível. Nada disso é garantia de algo real se ele é um babaca que está te enrolando há semanas.

Você prefere aceitar qualquer coisa que ele tenha a oferecer a que assumir para si mesma que fez uma péssima escolha. Mas aí vai um aviso, amiga: não existe problema em fazer péssimas escolhas, o problema é continuar com elas por medo de mudar.

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Desapega desse mala!

Desapega mesmo. Apaga a conversa dele, para de responder, exclui o número, se preferir. Fecha essa porta, finaliza a história e nem precisa se explicar, se não quiser. Assume para si mesma que a conta não está batendo, fecha sua barraquinha e mete o pé. Deixa o babaca falando sozinho pelo menos uma vez na vida.

Te garanto que ele vai demorar a se dar conta de que você se retirou da mesa, porque ele está olhando para os lados tentando encontrar uma nova aposta para o final de semana. Não fica sendo comida de fim de noite não. Não fica sendo “o que tem para hoje”.

Exija ser a escolha principal, a protagonista da história e a rainha dos pensamentos do cara com quem você divide momentos e energia. Pula fora desse roteiro batido que esse babaca cantou para cima de você e você se enganou de que era uma boa comprar. Tudo bem que o sexo era bom, que a química era das melhores… você aproveitou, mas passou da conta. Fecha essa gaveta e joga fora o que restou. Segue o baile.

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Desapega desse mala, pelo o amor de Deus!

E não responde se ele mandar mensagem, não atenda se ele te ligar. Se ele insistir em te ver, arruma qualquer desculpa banal só para não cruzar com ele. E se o destino insistir em bater vocês dois naquele barzinho da cidade, tenta entender que é só uma oportunidade de você perceber que tá melhor sem ele e que a vida tá de vento em poupa. Seja educada, sorria, mas não aceite a cantada dele não.

Corta pela raiz, se afasta e, se ele insistir em ir atrás de você, faça o favor de se dar conta de que é apenas a agitação de ter perdido um pilar de certeza e não que ele realmente se importa. Se ele se importasse, estava segurando forte sua mão há semanas. Estava com você, de verdade, há semanas.

A chatice inaugural de quando a gente rompe com alguma coisa nos deixa nervosas, mas logo mais você vai começar a reparar rastros dessa cama de gato em que enrolou vocês dois e vai rir de si mesma. E rir dele que, coitado, segue maravilhoso como você sempre vai se lembrar, mas segue babaca. E sozinho. Você sempre mereceu e merecerá mais, então acorda, amiga!

Mariana Ravelli

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