Fizemos daquele quarto nosso universo particular. Onde, nossos corpos eram iluminados por estrelas. A Lua era aquele fecho de luz, iluminando todo o seu corpo de noite. Os planetas, nossa plateia. O sol, término de nosso amor.
Por um segundo, achei que era somente um sonho, até eu acordar e ver você do meu lado.
Comecei a observá-lo. Dormia feito um anjo. Talvez, você seja aquele anjo caído que me envolveu na perdição de seus olhos ou mais um humano, que apesar da maldade do mundo, carrega em si a inocência de uma criança.
Você acordou e com sua voz rouca me desejou um belo dia, e logo em seguida me beijou. Eu me aconcheguei em seu abraço, e encontrei meu lar. Decidi não deixá-lo ir, pois se você fosse, uma parte de mim iria também.
Você não era somente uma noite, mas sim minha eternidade. Eu descobri o amor quando você tocou minha alma, como toca seu violão.
Eu vi em você minha história, onde você é o personagem principal, aquele que fica com a mocinha – no caso, eu –
Meu começo feliz será somente com você. Não terá um final, e sim um para sempre.
Logo depois, você me olhou nos olhos e meu deu um grande sorriso, disse que me queria para sempre em sua vida se eu aceitasse. E claro, eu aceitei. E hoje, mais do que nunca, somos um.
Paloma Correia
