Uma carta para minha pequena

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Sinto sua falta. Não como um simples prazer que vem e vai. Não. Sinto falta de tudo aquilo que a tua presença me traz. O teu beijo, os teus abraços, o teu sorriso. Caramba até da tua pequena bagunça eu sinto falta. Digo pequena porque só pode ser proporcional a você.

Dizem que os melhores perfumes vêm nos frascos mais pequenos. Que os melhores pratos vêm nas mais pequenas quantidades. Sou capaz de apostar um beijo teu em como quem disse isso, em algum momento, te conheceu. Você tem 1,53m mas é tão grande pra mim. Numa cama tão grande você é capaz de enchê-la, dava por mim deitado num canto sem cobertores (porque sim, você puxa a coberta toda da cama pra você). E, quando você percebia, me puxava para perto de você, e se aninhava no meu peito.

Então eu te abraçava, com a cara enterrada nesses teus longos cabelos negros, pensando se aquilo era realmente real. E era, porque no dia seguinte (você sabe como eu gosto de dormir) acordava e lá estava você, de cabelos ainda molhados, pronta para sair.

Eu te puxava para perto, te beijava e lá a gente ficava mais uns minutos, tentando perceber como é que aquilo estava a acontecer. Porque não estava a acontecer, ou não era suposto acontecer. Alguma vez teríamos previsto que isto ia acontecer? Provavelmente não.

Me despedir de você não foi fácil. Aqueles minutos no metrô pareceram segundos, e chegamos à estação na hora de você partir. Você está a 3h de distância mas é o mesmo que estar a um dia. Porque com essa distância não posso te ter aqui, desarrumando o meu quarto, a minha cama, o meu mundo.

Fica a saudade. Mas também fica aquele “até já” que sei que será breve.

Pedro Catanho

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