Saudade boba da gente

Estou de bom dia murchinho porque não te vi acordando ao meu lado, dando por falta dessas dores nas costas que incomodam ao longo do dia por ter dormido de mal jeito, só para ficarmos grudadinho. Sentindo falta até da minha mão formigando no meio da noite.

Sentindo falta até de levantar mais cedo para comprar pão, preparar café da manhã e papearmos um pouco antes de nos despedirmos.

Tô o dia todo com essa saudade boba da gente, me deixando de sorriso disperso de quem só retorna a si quando perguntam o motivo da cara feliz.

Tô com essa falta de você. E pegando mania, que vicia, de querer dormir só de conchinha mesmo se for desconfortável por essa cama não ter sido feita pra gente, mas a gente se acostuma, se encolhe, se embola, fica dois em um só, e nem ligo se isso for me deixar apenas virado pro lado esquerdo.

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Andando de lá pra cá pra ver se a hora passa logo pra ir te ver. Matutando alguma fala bonitinha pra descobrir se você corresponde. Querendo logo esse nosso silêncio que nem Tom Jobim consegue compor letra por ser bonito demais essa nossa melodia, que deixa a fala mascada e atravessada nessa nossa calmaria e mundo sem pressa feita de afagos.

Eu tô assim hoje, querendo me atrasar por mais 20 minutinhos e bolar alguma desculpa esfarrapada pro meu chefe.  Tô querendo ver filme e cair naquele sexo tão nosso no meio do filme e ter que voltar para o começo. Tô querendo te apertar a noite toda e ficar cheirando teu cabelo. Tô naquela vontade de ficar de chamego e cafuné. Tô com vontade de abrir a geladeira no meio da madrugada para inventar alguma coisa pra gente comer.

Tô querendo essa sensação boa de sentir calor humano de gente que a gente gosta. De lado esquerdo do peito forrado para você deitar.

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