Flores de plástico não morrem

Desenho em rabisco de mulher assoprando flor

Tem gente que acha que por aqui é só espinhos. Eu tenho também muitas flores. Flores de verdade, murchas e enegrecidas pelo tempo. Espinhos para “adoçar” certas coisas.

Só que ando vendo que as flores de plástico, cada vez mais parecidas com as naturais, vem garantindo seu espaço no meu guarda-roupas de “menina-boba”. Porque é com certeza muito mais fácil enchermos de flores de plástico a nossa vida, relacionamentos descartáveis, sem raiz, que a qualquer momento jogamos fora e trocamos o arranjo. Mas prefiro ter algumas mudinhas de plantas bem arraigadas na minha vida do que um jardim artificial.

VEJA TAMBÉM: Acreditar pode ser um novo começo

As flores de verdade dão trabalho sim, mas elas são perfumadas, coloridas e não desbotam se cuidadas com zelo. As pessoas de verdade assim são também, ás vezes os espinhos nos machucam, e quase sempre nos protegem.
E aí você vai me dizer: -Nathália, as flores de verdade morrem!
Sim, elas morrem, mas deixam sementes que germinam de muitas maneiras.

Fiquei pensando que tipo de flor sou para as pessoas que me cercam e que tipo de flores tenho colocado no meu “jardim”.

Grito esse silêncio incômodo. Silencio o grito afoito. Planto sonhos. Colho planos. Rego as cores. Cultivo as flores. Prendo o suspiro. Olha pro infinito e segue…

Fique para um café

Compartilhe:
Rolar para cima