Perdoe seus erros, celebre seus tropeços.

Não me importo mais tanto em errar, é uma constante, é sina do ser humano ser fadado ao erro.

Triste seria se não pudéssemos errar, se vivêssemos em uma eterna convicção teatral de perfeição, não haveria graça, só haveria o simples e maçante aplauso da monotonia.

Vivemos no meio de seres errantes, não é justo se culpar tanto por tudo que já passou, mesmo que doa, que tire seu sono, se perdoe, sim.  Quando você tem a consciência plena de que quer melhorar e humildade suficiente para enxergar seus erros, você merece se perdoar.

Tire do seu peito aquela culpa incessante pelos erros que ficaram no passado mas viraram fantasmas do seu presente. Aprenda a rir de si mesmo,  celebre seus tropeços para enxergar quão grandes podem ser seus futuros acertos.

Nossa evolução é gradativa, é uma metamorfose sem fim. Um casulo de erros apenas esperando para ser destroçado e estraçalhado por enormes e lindas asas de aprendizado e auto conhecimento, cheias de vida e otimismo, até um novo ressurgir. A gente se recria todo dia, se reinventa, se supera, se cansa e depois se adapta; é assim em todas as nossas fases.

Nós somos fruto de algo maior que nossos erros, somos a junção de histórias, abraços, beijos, encontros e despedidas. Somos milhões de sonhos e sentimentos em um corpo só; terremotos e vulcões de emoções.

Somos humanos com todas as letras, dignos de todas as nossas lágrimas que já exteriorizamos, de todo suor do nosso trabalho; somos dignos, sim, de toda explosão de alegria que nos domina inesperadamente, fazendo nossos sorrisos quase não caberem no rosto, mas também somos dignos dessa nossa confusão, somos resilientes suficientes para lidar com todas nossas dores e falhas.

Merecemos nossa consciência de humanidade; o nosso próprio perdão é essencial, é só com ele que vamos conseguir atingir em paz nossos objetivos e nos emoldurar ao que queremos de melhor pra nossa vida.

É perdoando que a gente vai se amando cada vez mais, e se sentindo aberto também à humanidade alheia. Perdoar a nós mesmos e aos outros amplia nossos horizontes de empatia, vamos entendendo melhor outras histórias, nos simpatizando com as falhas e tropeços alheios, com menos julgamento e mais compaixão.

Há uma diversidade imensurável de erros esperando para serem cometidos por aí, uma vida tão peculiar esperando pra ser vivida, sem nenhum manual de instrução, por isso eu vou mesmo jogar a toalha.

Vou chorar, vou me arrepender, vou me perdoar, vou rir, vou celebrar, e vou viver. Porque no fundo eu gosto dessa minha imperfeição, gosto dos meus infindáveis erros, desse caos de uma peça teatral  humana nada perfeita.

Sem meus erros e tropeços, os acertos e conquistas não seriam tão felizes. Vou vivendo e deixando estar, sempre errando, mas nunca perdendo a humana e digna esperança de acertar.

Jéssica Holtz

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