Percebe como soa absurdo?

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Eu nunca fui de chorar, até perceber que chorar era a minha maior forma de libertação… aí eu virei daquelas pessoas que choram por toda e absolutamente qualquer coisa.

No começo eu me julgava bastante, eu me achava ridícula por ser tão intensa… mas aí, em um dado momento eu me respeitei, me aceitei e me acolhi; chorar me ajudava a sentir mais, sentir melhor. Então por que era errado?

Eu nunca fui de me apegar, até entender que NA VERDADE essa era uma fuga minha para não me machucar… e se eu não me entregasse, eu não teria como sofrer, né?! Ledo engano minha cara… ledo engano.

Quando fui perceber que todo esse desapego era só uma carapuça mal vestida para numa tentativa frustrada, tentar me proteger. Já era tarde, pois eu já tinha me deleitado em uma cama muito bem feita de frustração e desapontamento.

Percebe como soa absurdo?

Eu lembro que quando devia ter os meus 16 anos, eu li que “era a expectativa que gerava o desapontamento” e fiquei chocada no quanto aquilo fazia sentido e combinei comigo mesma que à partir daquele momento (que eu achei que seria a primeira e última vez que iria ver meu coração partido) eu iria adotar essa frase como mantra para a minha vida.

Hoje, na casa dos quase 30, eu preciso reconhecer o quanto foi absurdo eu achar que a receita para não se machucar mais seria essa:

Não se envolva, para não se machucar… não tenha expectativa para não se frustrar.

E aí? Como que a vida continua então, minha querida?

Não anda, para não correr o risco de tropeçar.

Não respira, não pisca, não sai de casa… Nem levanta da cama então, né? Melhor ficar lá?!

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Percebe como soa absurdo?

A gente vive com medo.

Medo de sentir demais, medo de sentir de menos.

Medo de dar, medo de receber. Medo de se permitir…

Medo de SER o que quer ser… medo de ser QUEM quer ser.

Medo de viver…

Até que uma hora a vida acaba né? Porque uma hora ela acaba…

E aí?

Quantas vezes você sentiu o que precisou sentir?

Quantas vezes viveu aquilo que quis viver?

Diandra Ferracini

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