O problema com o amor nos dias de hoje

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O amor hoje está estranho. As pessoas se tornaram produtos. A monogamia está em julgamento. Hoje, mais do que nunca, o amor está distorcido e embaçado.

Podemos literalmente colocar nossas máscaras, nos apresentar de uma maneira que não seja honesta e nos comunicar apenas usando Gifs e Emojis. Criamos um muro digital que nos separa, deixando espaço para comportamentos bruscos que não promovem nossa autoestima, em vez disso, nos mantém trancados em velhos padrões.

Ao mesmo tempo, reclamamos. “É difícil encontrar o amor nos dias de hoje…”

Ah é? Porque o amor não mudou.

Nós mudamos.

Ficamos convencidos de que a grama do vizinho é mais verde quando na verdade a gente nem cuida da nossa. A percepção que criamos sobre o amor dos dias de hoje está nos mantendo trancados em nossas próprias prisões, perseguindo a fantasia em vez de praticar o amor real.

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O auto aperfeiçoamento tornou-se o centro de todas as coisas e todos estão “trabalhando em si mesmos”, mas quando se trata de amor e relacionamento, vestimos nossa máscara novamente, nos escondemos atrás de nossos celulares, não sendo honestos com nós mesmos e muito menos com os outros e evitamos o compromisso a todo custo.

Então, no que exatamente estamos trabalhando? Além de ganhar likes e seguidores?

Sabe qual é o problema do amor hoje?

É que as pessoas estão preferindo relacionamentos rasos com medo de que as coisas fiquem difíceis. Com medo de que o lado ruim dos relacionamentos apareça e elas tenham que sair de suas zonas de conforto para fazer dar certo. É por isso que não estamos nem aí para o amor hoje.

Preferimos “amar” à distância. Um pé dentro, um pé fora. Sempre na retaguarda. Caminhando na orla em vez de se jogar nas ondas, evitando o que é difícil e procurando maneiras de simplificar o amor.

Estamos nos tornando invisíveis e o amor verdadeiro está virando apenas uma ideia.

Simplificando, estamos rotulando o amor.

Na verdade, estamos guerreando contra ele.

Pat Benetar estava errada.

O amor não é “um campo de batalha”. Nossa vida que é.

Nossa era digital está nos levando a viver eternamente em quarentena. “Se isole, cuidado com a aglomeração, ame com cautela. Fique na parte rasa.” Mas a questão é que o amor exige que você mergulhe até o fundo. O amor é um Iceberg e só cresce à medida que se aprofunda. 

Você só precisa fechar os olhos, cruzar os braços e cair para trás. Sim, você pode até se machucar. Sim, as coisas podem não sair como planejado.

Mas você já conquistou algo de valor que não teve nenhum risco?

O amor não é sobre a promessa. É sobre a escolha diária. E se você tem medo de amar, porque teme que não dê certo ou que ele ou ela vá embora, você não está amando. Você está testando. E só testar nunca dá em nada.

Olha, antes que você me chame de velho retrógrado, saiba que esse artigo não se trata de desligar seu celular.

Use-o como uma ferramenta!

Saia da sua zona segura e vá em busca do que é real.

Isso significa aparecer e ser você mesmo. Seja fisicamente honesto, vulnerável, paupável. Jogue suas cartas na mesa e esteja aberto à troca humana e conheça uma nova história a cada dia.

Esteja aberto às novas oportunidades. Pare de focar no(a) príncipe/princesa dos contos de fadas. Isso é um mito. As pessoas têm defeitos e é isso que as faz uma diferente da outra. Imagina que chato seria se tudo fosse perfeitamente alinhadinho?!

Pare de rotular e trate as pessoas com respeito. Se comunique. Seja respeitoso. Tenha boas maneiras. Você precisará dessas coisas se quiser um relacionamento saudável.

E, finalmente, pare de comparar sua vida com o que você vê no seu feed do Instagram. Isso é tudo outdoor. Propaganda enganosa. Não é vida real.

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Falhar significa que você foi corajoso o suficiente para tentar. E se você tentou uma vez, pode tentar novamente.

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