O dia em que decidi partir

Estar com você era mágico, eu me sentia uma borboleta, livre pra ser o que sou para voar e voar cada vez mais, conhecendo lugares novos, mas sempre tendo a certeza que teria para onde voltar.

Mas o tempo foi passando, e por obra do destino um dia você reencontrou aquela borboleta azul raríssima, que você tanto cuidava e que por algum motivo um dia te deixou. Depois desse dia parece que minhas asas amarelas já não eram mais tão atraentes assim, nunca mais consegui ter o brilho dos teus olhos só pra mim.

Mas chegou um dia em que o conto de fadas acabou e eu vi que não era uma borboleta amarela e sim uma garota apaixonada, por um garoto apaixonado por outra, isso nem é tão anormal assim, exceto pelo fato que sou intensa demais.

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Depois desta descoberta, conviver contigo era como pisar em ovos, sentia que um passo em falso você iria correr para os braços dela. Depois de tanto pensar, sofrer em vão e não conseguir mais voar, decidi que era hora de partir. Sentei-me no chão frio do meu quarto, derramei todas as lágrimas que tinham em mim, e cada lágrima que saía era como cada vez que me fez sorrir, precisava tirar tudo que tinha de ti em mim, por isso me permiti chorar tanto.

Peguei meu celular, ainda no chão frio, e em meio a lágrimas escrevi tudo, tudo o que sentia, não deixei passar nada, agradeci por tudo de bom, desejei coisas ótimas, chorei mais um pouquinho, pensei em como seria depois de ir. Mas de fato não sabia como seria. Minha única certeza era que já não fazia mais sentido estar na vida de alguém que nunca iria me ver com outros olhos, e que atrapalhar uma história de amor não é nada legal.

Depois dessa breve reflexão juntei minhas coisas, no caso sentimentos, e como diz Liniker “peguei até o que era mais normal de nós, e coube tudo na malinha de mão do meu coração” e fui… já não faria sentido ficar.

Assim como dizia Frida, “onde não puderes amar não demores”.

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Lethycia Costa

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