O amor não é só sentir borboletas no estômago!

O amor não é só sentir borboletas na barriga e suspiros profundos antes do beijo. O amor não é só sentir o sangue a ferver nas veias, não é só sentir o coração a palpitar aceleradamente. O amor não é só andar de mãos dadas pela rua. O amor não é só juras e promessas sob o céu estrelado. O amor não é só rir das piadas sem graça do outro. O amor não é só dois corpos nus e suados numa cama envolvidos no desejo e no prazer.

Os apaixonados que me desculpem, mas o amor não é só isso… É claro que também é isso, é isso e muito mais. O amor é maravilhoso, é o sentimento mais bonito e puro que existe. Quem me dera que o amor fosse só sentir aquela explosão de paixão que nos leva à loucura. Mas infelizmente o amor não é só sentir o corpo a tremer, não é só perder o fôlego, não é só sentir uma felicidade arrebatadora… O amor também tem o poder de nos dar as dores mais profundas que possamos imaginar. O amor tanto nos dá vida, como nos faz morrer aos poucos.

O amor não é só sentir borboletas na barriga, é também sentir o coração apertado com a despedida. É sentir a dor de um amor que fica mesmo quando a outra pessoa vai embora. É viver com a ausência e a saudade de quem nunca mais irá voltar. É chorar ao lembrar daquilo que te fez sorrir um dia. É querer ter amnésia porque não aguentas tanto sofrimento. É ter vontade de rasgar o peito para libertar toda a dor e aflição que se alimenta de ti.

Fácil é sentir as borboletas no estômago no primeiro encontro. Difícil é ter de matá-las na separação. Fácil é sorrir quando vemos a pessoa chegar. Difícil é conter as lágrimas na sua partida. Fácil é lembrar. Difícil é esquecer. Fácil é apaixonarmo-nos. Difícil é deixar de amar. Fácil é dizer “olá” pela primeira vez. Difícil é dizer “adeus” pela última vez. Fácil é sonhar com a pessoa. Difícil é acordar e não a ter na nossa vida. Fácil é viver como se tudo fosse durar para sempre. Difícil é viver e perceber que o para sempre, sempre acaba.

E o mais difícil de tudo é viver com a angústia do fim do relacionamento, pois por mais “perfeita” e estável que uma relação possa ser, o fim é sempre inevitável. Por muito forte que seja o amor, por muito que as pessoas lutem, por muita vontade que tenham de ficar juntas, a força do destino é superior e incontrariável. E depois do fim sobra apenas uma bagagem de recordações e um amor no peito que carregaremos por toda a vida. Algumas pessoas foram destinadas a amarem-se, mas não foram destinadas a ficarem juntas para sempre.

Sofia Batoca

Compartilhe:
Rolar para cima