Nosso amor não precisa de plateia

Fonte da Imagem: WeHeartIt

Nos apelidaram de água e óleo. Dizem por aí que a gente não combina. Que somos opostos como Yin-Yang, côncavo e convexo. Que a gente não tem nada parecido e fazem quase bancas de apostas pra apostar por quanto tempo nosso relacionamento vai durar. Já disseram que nosso relacionamento é de “aparências”. Que nossas brigas são infantis e sempre arrumam um jeito de apontar nossos defeitos.

Se a gente posta algo relacionado a brigas, diferenças ou algo mais “bad”, já correm com a pergunta: ‘NOSSA TÁ TUDO BEM COM VOCÊS?’, isso quando não começam a conversa com: ‘BRIGARAM DE NOVO? NÃO É POSSÍVEL!’ pô, mas a gente nem brigou. E se ficamos dias sem postar foto juntos, já acham que nos separamos. Parece que torcem pelo nosso fim… A gente não tem culpa se depois de milhares de brigas, sempre tem beijo, abraço e dormir de conchinha. Isso ninguém precisa saber.

Ninguém precisa saber que a gente se completa do nosso jeito torto. Ninguém precisa saber que você me imita quando estou com ciúmes. Não interessa a ninguém que amo quando você coloca aquela camiseta com propaganda e já tá até gasta de tanto que você usa. Não interessa a ninguém que eu te mando bom dia com emoticon de sol e você responde com bom dia e um emoticon de café. Ninguém precisa saber que enquanto você dorme eu fico te admirando e que todos os dias agradeço a Deus e ao Universo por ter me trago você. Ninguém precisa ousar imaginar que a gente já escolheu o nome dos nossos dois filhos e que na verdade você quer seis filhos, mas eu não tenho vocação pra coelha.

Não, ninguém precisa saber de nada. Não interessa a ninguém como estamos. Nosso relacionamento é só entre eu e você. Entre quatro paredes. Entre nossos corações. Entre nossas almas. Se a gente tá bem, se a gente brigou, se a gente pensa em se casar, se a gente não está dando certo mais, que pouco importa? Sabe o que importa de verdade? Que mesmo com tanta torcida contra, com tanto diz que me diz, com tanta gente, como diria minha avó, ‘metendo o bedelho’, a gente tá aí remando contra a maré e indo de peito aberto, ouvidos tampados e mãos dadas caminhando pro futuro. Nosso futuro.

E se faz bem aos outros, que continuem falando de nós. Enquanto isso, a gente continua sem dar pauta e deixar a imaginação deles falarem mais alto. Já dizia o poeta, que eu nem sei se foi o poeta mesmo ou se foi nosso amor que falou baixinho no meu ouvido: Nosso amor não precisa de plateia. 

Giovanna Sabrine

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