Medo de ser feliz e a autossabotagem

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Quando comecei a escrever este texto, fiz um esboço e ele falava da minha mania de afastar as pessoas, de fugir de momentos que têm o potencial de dar certo, pelo simples motivo de que na minha vida, seja em relação a amores e até em relações familiares, as coisas não são acostumadas a dar certo e eu tenho a mania de cortar o mal (ou no caso as coisas boas) pela raiz, por puro medo. Perceber isso em mim foi importante. Foi importante porque eu não quero viver uma vida assim, não quero apenas conhecer o lado ruim das coisas (não, minha vida não é uma tragédia, mas também não é fácil e simples, sempre têm algo não muito agradável ao redor), quero descobrir tudo aquilo que as pessoas falam de amar e ser feliz (sou romântica mesmo, foda-se!).

Na noite seguinte eu pensei em postar aquele esboço que escrevi, mas me empolguei com as novidades das amigas (Ci, Ceci <3) no whatsapp, até que uma delas começou a falar sobre um casinho que está tendo, sobre os ciúmes que está começando a sentir, mas que tudo vai passar e que ela vai voltar a ser sozinha, sobre não assumir pra ninguém porque aquele era só mais um caso e ela parecia querer fazer com que desse errado.

OIIIIIIIIIIII? PERAÍ!!!! ATÉ PARECE EU FALANDO!!!

Então eu percebi que não sou só eu que tenho esse probleminha, só que tem pessoas que têm traumas (como é o caso da minha amiga) e começam a sabotar tudo. Não é que elas esperem que dê errado (como eu sempre espero), é que elas fazem com que dê errado para que não precisem sair da sua zona de conforto. O nome disso é auto sabotagem! E é sério!

O que acontece, e não sei como dizer isso, mas há pessoas que não sabem mais viver a felicidade, não sabem reconhecer ou apreciá-la. As vezes parece até meio errado quando algumas coisas dão certo. E então todo o medo de ser feliz e a necessidade de fugir, coloca tudo abaixo. A alegria se esgota e, apesar de ser dor, tudo bem, porque é com isso que elas souberam lidar nos últimos tempos.

Mas algumas vezes parece que a vida (ou Deus, para os que acreditam) resolve dar outra oportunidade de dar certo, de ser e fazer feliz. Só é preciso manter em mente que não se deve fugir das coisas boas. Que por mais que tudo tenha dado errado lá atrás, que a intensidade das lágrimas seja tudo o que se conheça, e que pode ser sim que tudo vá ruir novamente e dar errado; pode ser que dê certo, que faça feliz. Talvez não dure para sempre, mas o que é o pra sempre em um mundo tão vasto e uma vida tão curta? Talvez o pra sempre seja o necessário para ser feliz pelo máximo de tempo que você se permitir.

Então, a você (e à minha querida amiga), eu só tenho uma coisa a dizer: Não fuja. Não dessa vez. Pode até ser que você não tenha forças pra se empenhar a fazer dar certo, mas não se sabotar e não fazer cortes ou afastar pessoas da sua vida por puro medo, já é um grande passo. É um avanço deixar que as coisas aconteçam naturalmente. Ser sozinho e independente é legal sim, mas não quando você usa essa máscara para cobrir seus medos!

E assim como fiz com a minha amiga (joguei todas essas verdades na cara dela sim, ela ficou atônita, mas me agradeceu), espero ajudar você que está lendo este texto. E da forma que falei com ela (as exatas palavras catadas da conversa no whatsapp), repito aqui: “não é porque alguém é filho da puta com você que o mundo todo vai ser. As pessoas são diferentes. As pessoas têm momentos diferentes na vida.”

Pare de fugir e de se autossabotar!

Grazielle Vieira

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