Fizeram no estilo ‘Jack Estripador’, foram por partes. Primeiro arrancaram sua auto-estima, logo depois sua alegria, partiram pra felicidade e por último mas não menos importante: destroçaram sua alma, como se não fosse nada!
Ele não teve culpa, só queria ter tido mais tempo pra explicar que ele não tinha nada a ver com aquilo, que ele tinha nascido assim e nada podia fazer!
Tiraram dele muitas coisas, mas a pior foi o sorriso. Antes escancarava aqueles dentes de um jeito irresistível, chegava a dar inveja pros menos favorecidos de felicidade, mas pouco antes de sua morte já não tinha mais força de vontade para sorrir.
Ele que dizia amar a vida, já não sabia mais o que sentia. De amor passou a sentir indiferença e depois um ódio mortal daquilo tudo. Não fazia mais sentido estar vivo se não havia alegria nisso. Ele cresceu e se tornou aquilo que ele mais repudiava: infeliz.
Mataram um amigo meu e o pior é que todos conhecemos o assassino, não podíamos fazer nada, ou melhor, não queríamos fazer nada. Deixamos um jovem ser destruído e nem sequer nos sensibilizamos com isso. Mataram um amigo meu… o preconceito matou um amigo meu… nós matamos um amigo meu.
Jessica Costa