Dizem que a vida é um jogo. Acho que até já vi uma novela com o nome desse tipo. “Jogo da vida” e, salvo engano, ela era transmitida pelo SBT.
Se a vida é realmente um jogo, eu não sei.
O que eu sei é que todas as vezes em que joguei, perdi feio.
Perdi porque não sei disfarçar minhas emoções. Não sou do tipo que veste máscaras ou que se esconde atrás das aparências. Se eu tiver que jogar, eu jogo limpo, sem palavras falsas ou segundas intenções. O problema é que nesse estranho jogo das relações, a sinceridade nunca foi a melhor jogada… Perder tem um gosto bastante amargo.
Então eu decidi deixar os joguinhos de lado e enfrentar o que eu sentia. Eu decidi lutar pelo que eu queria, de coração aberto, alma limpa. Foi aí que as coisas aconteceram para mim.
Já ouviu falar naquela tal de Lei da Atração?! Pois é, acho que ela funciona mesmo. Quando abri mão desses jogos tolos e me tornei fiel aos meus sentimentos, eu comecei a esbarrar em pessoas verdadeiras, amizades que valiam à pena. Experimentei amores que só me trouxeram alegrias. Realizei sonhos que um dia cheguei a considerar impossíveis… O melhor disso tudo é que, independente de todas essas conquistas, eu nunca me senti tão encaixada em mim mesma como agora.
Talvez seja hora de abrirmos todas as portas do nosso coração… Deixarmos de lado esses joguinhos mentais de falar que se odeia quando se ama, ou de acumular grandes mágoas, quando a vontade é realmente perdoar, deixar tudo pra trás e seguir a vida.
Acho que, talvez, essa seja a hora de jogar fora todas as máscaras que usamos. As aparências envenenam a alma, sabia?! Isso também faz parte de um jogo que usamos para nos envenenar por dentro. Sabemos como esquecer pessoas, mas não aprendemos ainda a esquecer a mágoa. Deixamos de alimentar amizades, mas jamais deixamos de regar a mágoa. Tiramos da nossa mente o grande amor da nossa vida, não importa o quão grande e doloroso tenha sido, apenas esquecemos. Mas não somos capazes e excluir a mágoa.
Aparentemente só sabemos fazer joguinhos e alimentar nosso orgulho, deixando para trás oportunidades maravilhosas e grandes pessoas no meio do caminho.
Texto colaborativo escrito em parceria com Hugo Ribas.
Grazielle Vieira
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