“Eu te amo” é suficiente

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Vim te explicar algo que ouvi na voz de Luisa Sonza: “Eu sei, parece estranho a frequência em que digo ‘eu te amo’. Mas, é repetindo sinais em frequência que a paixão vira consequência”.

Essa noite, acordei sem motivo e, do meu lado, você dormia como se não existisse mais nada nem ninguém. Nas histórias que vi e ouvi, os homens param e admiram a garota dormir. Mas fui eu quem fiz isso. Seus traços relaxados, sua respiração compassada, espaçada e despreocupada. “Eu te amo” é como defini aquele momento.

Outro dia, a cena era a mesma mas as circunstâncias eram diferentes. Você ardia em febre, sua cabeça explodia de dor e você não tinha forças pra nada. Depois de te dar um remédio e um beijo, te observei dormir. Você se mexia e suava muito.

Te cobri e cuidei. “Eu te amo” foi como defini aquele momento.

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Outra noite, você preparou uma surpresa. Seu sorriso de satisfação ao ver minha alegria era lindo. E ele não abandonou seu rosto a noite toda. Te abracei, te beijei e “eu te amo” eu disse. Foi a melhor forma que achei de te agradecer.

As vezes que te irritei sem querer, as vezes que estava quieto e eu sabia que alguma coisa te incomodava, e as vezes que estava chateado e desapontado com coisas que você mesmo não pôde resolver, eu só consegui dizer “eu te amo”. Me pareceu suficiente.

Pode parecer estranho, mas é tão grande, tão complexo, tão completo, que vira elogio, agradecimento, sentimento, repreensão, reconhecimento, lembrança… enfim, “eu te amo”.

Janaina Toledo

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