Eu só quero deixar acontecer

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Vem cá, senta aqui. A gente precisa conversar. Não precisa achar que é conversa séria não ou então ache se quiser. O que você faz não é diferente do que a maioria das pessoas faz: supõe.

Deixa eu te dizer umas coisas e presta bem atenção porque só vou dizer uma vez.

Se eu disser que gostei de você não significa que eu te amo e vou amar o resto da vida, louca e incansavelmente. Significa que gostei de você. Ponto. Do seu jeito simples e singelo de sorrir, da forma como ajeita o cabelo e bate um dedo no outro quando toca em um assunto mais sério e de como olha para baixo quando fica com raiva. Significa que gostei da sua conversa, da sua forma de ver a vida e da cor dos seus olhos. É isso.

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Se eu te chamar pra sair não é porque sou carente, ansiosa, impulsiva, fácil ou que esteja te “dando mole”. Se eu te chamar pra sair é porque eu quero ouvir mais da sua vida, dos seus medos bobos e dos seus planos para o futuro. Daquela viagem para a Índia que você disse que queria fazer e da escolha por morar no Sul. É porque quero passar um tempo bebendo, rindo e te conhecendo. É só isso.

Se eu disser que estou com saudades não significa que sou apegada, possessiva, dependente ou louca por sentir falta de quem ainda nem se conhece bem. Se eu disser que sinto saudade sua é porque você me fez bem e eu gosto de mostrar isso. Sinceridade é minha aliada na vida. Costumo dizer tudo o que sinto e eu sinto muita saudade.

Até de coisas que nem aconteceram. Não é que eu esteja pensando em você o tempo todo, fazendo cálculos dos nossos mapas astrais e escolhendo nomes para os nossos filhos. Nada disso. Só estou com saudade de um tempo que me fez bem e você fez parte.

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Se eu te mandar mensagem no dia seguinte, antes de você, não significa que eu esteja desesperada por atenção, ansiosa ou tenha te escolhido pra casar e vou falar com você durante todos os dias durante o resto de nossas vidas. Não mesmo. Se eu conversar com você, quando eu conversar, vai ser porque eu quis e senti vontade.

Pode ser que isso aconteça durante um dia inteiro e depois se passe um mês. Não dá pra saber. Agora, depois de muito viver entre o passado e o futuro, vivo o presente. E se eu quiser falar com você, eu vou. Se eu não quiser, não vou. É simples assim.

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Ando cansada de suposições sem sentido. Sem sentir. Ando cansada dessas relações que mais parecem um campo minado e ora você pisa no outro e ora pisam em você. Se eu converso muito, sou muito disponível. Se não falo nada, sou inacessível. Se digo o que sinto, sou uma cafona sentimental e se não digo nada, sou sem coração.

Pois, saiba que coração pra mim é sagrado e se eu te permiti entrar é porque você fez por merecer. Então continue fazendo e entenda que pra mim, qualquer tipo de relacionamento, não é jogo. Não entro pra ganhar e nem pra perder. Entro pra viver e sentir e já disse: eu sinto muito.

Para e pensa no que você pode perder por ficar imaginando o que existe só na sua cabeça. Vive. Atende. Saia. Sinta. Diga. Mostre-se. Arrisque.

Num mundo de relações cada vez mais vazias, efêmeras e sem diálogos, seja o alfabeto inteiro e abrace, beije, converse, doe, espere, faça, goste, honre, importe-se, jure, lembre, mude, namore, ouça, perdoe, queira, respeite, sinta, toque, una e o mais importante: viva.

Pronto. Era isso. Vamos tomar um café?

Isabella Gonçalves

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