Eu queria poder te abrir. Exatamente como faço com os livros das capas mais chamativas, ou com os mais famosos. Queria poder abrir, e como nesse mesmo caso, iniciar uma viagem.
Falo daqueles livros que têm um pouco de tudo. As piadas mais inteligentes de uma boa comédia, as emoções mais intensas de uma aventura das boas, os sustos mais fortes de um terror de tirar o fôlego, as criações mais diferentes de uma ficção de outro mundo. Daqueles que cada página é uma descoberta, e que algumas coisas só são explicadas durante o enredo. A gente se sente em outro mundo em uma leitura dessas. Como se ele fosse real e gostaríamos que estivesse acessível assim que a leitura terminasse. Como se pudéssemos fugir para Narnia, receber uma carta pra Hogowords ou ainda ser convocado para os Hunger Games.
É assim que me sinto quando olho pra você. Queria poder assistir suas lembranças como um filme biográfico com um final emocionante, ouvir suas piadas mais idiotas e morrer de rir com elas. Gostaria de ver seus medos mais escuros e ainda entender seus sentimentos.
Como se você fosse o diário secreto de uma menina de 15 anos, te leria quieta, escondida. Ou como se fosse um romance adulto, te despiria.
Pode ser que eu odeie o final, que eu suspire ao terminar e entender que acabou, ou ainda que espere ansiosamente o próximo livro da série. Por mais que isso me fizesse terminar a viagem abalada, mas, eu queria te abrir!
Janaina Toledo