Você sempre se sentirá inútil quando procurar outras pessoas para tentar provar que é bom o suficiente. O tapinha nas costas que você merece nunca virá até que você reconheça seu próprio valor. Quando nos sentimos inúteis, é porque estamos esperando que os outros vejam o que queremos que eles vejam em nós.
Nós nos consideramos inúteis porque ninguém tem nos notado. Podemos nos libertar da ansiedade de nos preocupar com o que os outros pensam quando percebemos que o valor que as pessoas colocam em nós é como nós nos temos enxergado.
Por mais clichê que possa parecer, nosso valor realmente começa de dentro, mas somente quando o percebemos por nós mesmos. Imagine procurar seu celular, esperando que seu amigo do outro lado do mundo possa te ajudar a encontrá-lo sendo que ele está ao alcance de suas mãos. É assim que você se sentindo quando não enxerga seu verdadeiro valor e tenta encontrá-lo através de outras pessoas.
Não existe uma métrica universal para definir valor, e é por isso que não importa o que as pessoas pensam sobre nós.
Nenhuma quantia em dinheiro ou bens materiais podem determinar nosso valor. A única maneira de descobrir onde está o seu valor é prestar atenção no que você deseja aproveitar ao máximo, sem a expectativa de receber alguma coisa em troca.
O que você ama fazer sem que necessite receber elogios de outras pessoas?
É daí que vem o seu valor.
Quando algo é dado livremente, ele tem mais valor porque é sincero, sem amarras. Quando o preço e as condições são colocados sobre o que damos, ele perde valor ao longo do tempo porque se torna limitado, passageiro.
Quando algo não tem preço, o valor aumenta com o tempo, tornando impossível estabelecer um preço.
Quando algo vem de você e você não sabe se os outros percebem ou não, é aí que está o seu valor. Você se torna livre e infinito em suas doações quando se baseia no que você ama em si mesmo. Sua criatividade se torna restrita quando você procura algo fora de si mesmo sendo que ele já está bem dentro de você.
Houve um tempo em que pensei que não tinha valor por causa do que os outros poderiam pensar sobre o meu cargo. Eu não percebi o que tinha para oferecer até me apaixonar pelo que tinha para oferecer ao meu trabalho, e foi aí que descobri valor dentro de mim. Foi quando percebi que realmente valia muita coisa.
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Comecei a dar mais, porque sabia como me sentiria ao receber o mesmo dos outros. Me deu tanta alegria dar dinheiro a alguém que eu sabia que nunca mais veria. Dar a um estranho aleatório uma palavra gentil ou um abraço me fez sentir como se eu estivesse do lado de quem recebe.
Meu valor aumentou porque não importava quem havia notado ou se eles apreciavam o que eu dei ou não. Então, eu dei livremente, e eu dei genuinamente.
Por natureza, as pessoas têm uma mentalidade de “querer sempre mais”. Mais dinheiro. Mais bens materiais. Mais conquistas. Mais horas de sono. Mais horas durante o dia.
Quase ninguém está contente com o que tem, porque sempre é possível ter mais. Quase ninguém está contente com quem eles são, porque sempre é possível ser mais. “Mais” é sobre os outros e o que eles pensam sobre você. “Valor” é sobre você e como você se sente não importando o que os outros pensem e sem precisar receber algo em troca.
Quando percebi que era suficiente e que tinha o suficiente, descobri que não era inútil.
As pessoas começaram a perceber o que eu notei em mim.
Damos e depois nos perguntamos por que as pessoas não se impressionam ou são tão ingratas. Damos, e parece que foi tudo por nada quando não recebemos a apreciação ou o reconhecimento que achamos que merecemos. Tenho certeza de que você já passou por isso, eu também.
Quando fazemos coisas que aparentemente falham devido à incapacidade de alguém perceber o que fizemos, é porque nunca foi feito para elas. Foi para nós o tempo todo. O valor não é medido pela multidão ou pelo destinatário.
Você será digno assim que descobrir seu próprio valor, mesmo que o mundo ainda não tenha notado.
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