De melhores amigos a um casal completo

Em 2009, eis que me surge uma menina que sem saber, me causava raiva e atormentava um ex relacionamento. Aquela coisa de Msn e depoimentos no Orkut e todas as intrigas que rolavam naquela época (coisas que hoje não vem ao caso); Da raiva à uma melhor amiga, cujo eu, seria o irmão perdido dela e até mesmo o irmão gêmeo. E foi assim, a cada dia de cultivo dessa amizade que permaneceu até os dias de hoje.

Nossa relação amigável era a mais estranha possível, embora sermos os amigos mais fiéis um a outro. Não precisávamos conversar todo dia e nem estar sempre presente, mesmo porque, não trocávamos carinho a título de mera brutalidade. O carinho vinha a tona apenas em momentos de tristezas, e em datas comemorativas. Aquela coisa anual de natal e aniversário. Mas, estávamos ali sempre – um pelo outro, uma verdadeira amizade que nada abalava.

O mais incrível é que, nesses anos todos, nunca sequer brigamos. Conversávamos no Msn sobre nosso dia-a-dia, nossa família e eu como sempre, sobre meus relacionamentos amorosos. Em todos eles por sinal, ela achava um defeitinho aqui, outro ali… E eu relevava, porque afinal de contas, nunca bati de frente com ela em nada. E isso era mais um dos pilares que vinhamos construindo nesses longos anos de amizade: o respeito mútuo.  Tínhamos respeito e a lealdade de uma amizade.

Saí da escola, e olha o amigo louco passando na faculdade. A primeira conquista e ela estava lá, pra comemorar, incentivar e parabenizar pelo primeiro degrau. Faculdade e toda aquela perdição, e o meu relacionamento foi por água abaixo, e quem estava lá mais uma vez? Ela. Sempre dizendo: “não fique assim, é normal. Vai passar!” E realmente passou.

Nesse meio tempo de brigas e separação, olha a nossa primeira recaída (risos). Em um áudio já na era Whatsapp, na calada da noite, sem o que fazer nas férias, ela me envia um boa noite, surrando um eu te amo. Nossa, logo ela, a bruta, me enviar um negócio desse? Mas, tudo bem. Eramos amigos e isso foi só mais uma de nossas brincadeiras.

No outro dia tudo normal, nada aconteceu. Mas a partir de então, começou surgir na minha mente a dúvida sobre aquele sentimento que designávamos apenas a amizade. E a minha melhor amiga passou a ser agora uma incógnita. E isso se estendeu há mais três anos.

Todo início de ano quem sabe pelo espírito natalino e réveillon, eramos mais carinhosos e tinha aquela quedinha no fundinho do coração. E enfim, deu início a mais um relacionamento o qual me afastou dela e de todos os outros amigos, as vezes eu dava o ar da graça de aparecer, por horas chorava minhas pitangas quando as coisas saiam do eixo. E ela ali, no mesmo cantinho, com o mesmo nome na agenda e sua importância em minha vida.

A faculdade já estava acabando e junto com ele mais um relacionamento indo embora. Dessa vez de uma forma um pouquinho pior. E aquela minha amiga, estava magoada comigo pelo abandono de alguns anos. Mas é aquela coisa, né. Amigo que é amigo, está nos melhores e piores momentos. E mais uma vez, ela me fez ficar bem e recompor tudo o que me doía. Quanto a comemoração da defesa de TCC, pela magoa, não houve muito vangloriamento. E quanto a mais um relacionamento, foi dado mais um fim. Este, ela nunca fez questão de esconder. Ela não gostava da menina e nem achava as atitudes corretas. E eu cego, fingia não ver. Pra ser pior, o meu parceirão, companheiro escudeiro (cachorro) faleceu. Puts, foi pra completar a bad que estava pesadíssima.

Através da força que ela estava me dando junto com seu ombro amigo, passamos a nos falar todo dia. Até que um belo dia ela viajou (sem sinal) sem me avisar e eu fiquei doido; Perguntava por ela pra amiga, deixava mensagem em todas suas redes sociais. E aí me volta de cara limpa, dizendo que tinha viajado para um sítio. E os amiguinhos que nunca haviam brigados nos setes ou oito anos de amizade, brigaram porque uma de suas amigas havia me elogiado (risos e mais risos).

Brigamos feio, com direito a vácuos, choro, xingamentos… Mas é lógico que não iria deixar isso abalar nossa amizade. Conversamos e nos acertamos. Primeira DR? (quem sabe). Mais um detalhe da nossa amizade: Ela cuspia pra cima. (gargalhadas) pedia pra que Deus me livrasse dela, porque eu não prestava, e minha resposta era sempre que ela precisa de uma pessoa como eu na vida dela. Sim, porque ela nunca foi de ninguém. Só de mim, mesmo negando e não assumindo.
E essa raiva toda de mim será que vinha de onde? Afinal, sempre fui um bom amigo. Resolvi publicar o mito safadão para ela. “Onde tem ódio tem amor.”
Nossa, foi a revira volta do ano em sua rede social, muitos comentários, muitos “vocês se gostam”, “vocês se querem”. E eu não medi a força que isso poderia ter, muito menos a título familiar. Onde a sua mãe lhe perguntou qual era a minha para com ela e, tempos atrás, que ela iria acabar namorando comigo. Acertou, minha sogra!

Mas, a perguntava tinha que ser para ela e não para mim. Nos oitos anos, nunca houve uma ligação. Então pedi para conversar com ela, e como boa fujona ela me enrolou, mas não escapou. E então, a primeira ligação. Vergonhosos, nervosos e no final, não conversamos nada com nada. Mas o inusitado aconteceu. Depois de ter me chamado cinco vezes e não dizer nada, ela disse que me amava.

Pois bem, perguntei de qual forma era o amor dela, ela respondeu que não sabia e eu afirmei que ela tinha que saber. Desligamos e no outro dia, um texto de bom dia e essa coisa toda de conquistar a amiga difícil. Daí então começou a minha maratona diária de conquistar aquela mulher cheia de mistérios, que me negava e não me via com bons olhos.

Dois meses nessa luta. Quando eu mencionava o namoro, ela corria. Até que um dia resolvi desistir. Mas ela não. Todos os dias eu esperava ela chegar da faculdade, para ligar e de alguma forma, dormimos juntos. Sim, porque a chamada ficava e dormíamos com a paz da respiração do outro.  E numa dessas de esperar, o fato histórico aconteceu. A menina medrosa, orgulhosa, durona me pediu em namoro. Li os meus pré requisitos pra ela primeiramente (risos) e aceitei.

Foi a decisão mais feliz da minha vida. As minhas ex’s hoje servem como exemplos de não repetir os mesmos erros e de ter feito de mim, um homem mais integro e responsável com o amor. A minha sogra que cantou a charada antes de acontecer, além de estar entre as pessoas que considero minhas super mães, é a melhor amiga do nosso relacionamento. E a minha melhor amiga do início da história, continua sendo como sempre foi juntamente como a figura de namorada.

Ficamos oitos anos para podermos nos reconhecer um no outro. Mas, como sempre digo, é de uma boa amizade que se começa um grande amor. Hoje, estamos próximos de um ano de relacionamento e não exitamos em falar e ir atrás do casamento. Em menos de um ano faltando, com fé em Deus iremos concretizar esse amor eterno.

Ela faz o seu enxoval e eu junto o dinheiro para a casa. E assim, somos, os mais felizes e completos do amor que sempre existiu um pelo outro. E tenho comigo a mulher mais valiosa e o sentimento mais sublime que a vida poderia ter: o AMOR.

Sei que desde o início da história você sabia que era de nós o que estava lendo, afinal, além de tudo, SOMOS FÃ DO NOSSO RELACIONAMENTO E HISTÓRIA DE AMOR. Te amo, minha vida. Dessa vez não é uma carta ou um texto de bom dia, é mais um registro e uma forma de incentivar casais a cultivar e zelar por cada pedacinho de amor que existir dentro de si. E o meu por você, permanecerá sempre intacto e acesso do jeitinho que você merece, do jeitinho que pediu a Deus.

Enviado por Bruno Ferraz Andrade

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