Muito mais que uma boneca de plástico com um sorriso congelado, Barbie enfrenta dilemas complexos na obra cinematográfica de Greta Gerwig. O foco não está apenas no feminismo e nas dinâmicas de gênero, mas também na temática da atelofobia, o medo crônico de não ser perfeito.
Durante anos, Barbie serviu como modelo de perfeição para inúmeras jovens, apresentando um visual deslumbrante e um estilo de vida idealizado. Mas o que acontece quando essa figura perfeita se depara com “defeitos” como pés chatos e celulite? Neste momento, a síndrome que a Barbie enfrenta no filme torna-se um tópico central: a atelofobia.
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A Atelofobia no Mundo da Barbie
A Barbie vive em um universo de fantasia, onde tudo parece perfeito e empoderado. Mas, em determinado ponto do enredo, ela atravessa uma crise de identidade e existencial, marcada por um semblante sombrio e uma nova consciência de suas imperfeições. Para enfrentar essa questão, ela parte para o mundo real, buscando entender o impacto que tem sobre as meninas que com ela brincam.
Atelofobia: Um Reflexo Distópico da Realidade
No filme, Barbie age como um prisma através do qual são explorados múltiplos aspectos sociais e psicológicos. Além de abordar questões feministas, o filme se aprofunda na percepção socialmente construída de que a perfeição é necessária, especialmente para as mulheres. A atelofobia pode, de acordo com o DSM-V, ser classificada como uma fobia específica ligada ao terror de ser imperfeito, frequentemente coexistindo com outros transtornos como a depressão.
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Estratégias para Enfrentar a Atelofobia
Se você se identifica com a síndrome que Barbie enfrenta no filme, algumas estratégias podem ser úteis:
- Diminua suas expectativas pessoais.
- Trace objetivos alcançáveis.
- Foque em suas qualidades.
- Pare de se comparar aos outros.
- Cuide de sua saúde mental.
- Busque auxílio profissional quando necessário.
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Do Mundo de Plástico à Aceitação da Imperfeição
Ao final do filme, Barbie e Ken retornam ao seu mundo mágico transformados. Enquanto Ken tenta implantar seu próprio sistema patriarcal, Barbie luta contra isso. Sua evolução é catalisada pelo encontro com sua criadora, Ruth Handler, e ela decide que não deseja mais ser apenas um objeto de adoração, mas um sujeito autêntico e humano.
O filme deixa claro que o valor de Barbie — e, por extensão, de qualquer mulher — não deve estar atrelado apenas à aparência física. É uma mensagem poderosa e atual, particularmente relevante para jovens mulheres que podem estar lutando contra a atelofobia.