Selfie é lindo!
Compartilhar a felicidade é lindo!
Mostrar e demonstrar o amor, é lindo!
Mas lindo mesmo é viver sem a necessidade de mostrar para o mundo que você tem uma vida.
Enquanto você vive conectado ao mundo virtual, vai correndo bem ali ao seu lado o rio do mundo real num fluxo d’água rio abaixo. Não volta. Corre na velocidade da luz, na impiedosidade do tempo.
Enquanto você sente a necessidade de fazer check-in de por onde anda o pulsar da sua vida no mundo virtual, sua vida real faz check-out antecipado e vai se despedindo. Quando você vê, ela já deixou a hospedagem e foi se instalar em um local mais acolhedor.
Registrar o momento na alma é que é!
Ser feliz é que é!
Dar e receber amor, é que é!
É gostoso mesmo viver a vida em sensações reais.
Esqueça o celular. O computador. As redes sociais, o mundo virtual, os likes e comentários e vai beijar aquela boca sedenta ali do seu lado, fazer cafuné, fazer amor, andar de mãos dadas, ver a arquitetura do bairro, as árvores da rua, vai na sorveteria do José, toma uma cerveja em qualquer esquina, mas viva!
Tem muita gente dormindo de conchinha vazia, bunda com bunda, checando as últimas informações no celular antes de dar boa noite e esquecendo de amar.
Deixa o celular lá na sala, vai pra cama, fica abraçadinho (a), testa com testa, falando uma coisa qualquer, mas falando, olho no olho, sentindo o ar quente saindo da boca e a mão deslizando nas costas.
“Tem muita gente vivendo mais de touch que de toque”. Já leu isso por aí?
Preste atenção, a vida acontece off-line. A vida mesmo, aquela que você vive e que te nutre em alimento e sentimento, acontece off-line. Preste atenção! Porque o rio corre ladeira abaixo… e o tempo, não volta!
A vida acontece off-line!
Preste atenção!
