Sobre aquela menina das ruas de Paris

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Continuação do texto Apenas sinta os sábados de manhã

Ela espera por alguém. Mas na demora se lembrava dos dias que sonhou com ele.

Não era um dia comum, era sábado e ela em particular amava os sábados.

Sentou no sofá com sua xícara de café, ela vestia uma camiseta velha surrada de sua banda preferida da adolescência, umas pantufas de unicórnio para aquecer os pés, seus óculos grandes que lhe faziam enxergar o que a genética com o tempo prejudicara.

Pegou no seu livro de momento que já há muito não lia. Sentiu falta dos seus companheiros personagens e amigos. Começou a ler mas sua cabeça estava longe de Winderfell, sua imaginação está além, um oceano de longitude.

No silêncio daquela manhã, ouviu passos nas escadas e tentou se concentrar na leitura, não queria pensar que poderia ser quem ela queria que fosse.

A porta se abriu e ela arregalou os olhos e viu na sua frente quem estava à espera. Saiu correndo em sua direção e pulou no seu colo, como as crianças fazem quando veem os pais na portão da escola. Ele carinhosamente a segurou nos braços e ela entrelaçada em seu pescoço lhe dá o mais delicioso beijo, aquele beijo com gosto de “estava a tua espera”.

Ele sorriu e delicadamente, sentou na mesa e olhando nos olhos fez um gesto de carinho tirando-lhe o cabelo dos olhos, passou a ponta dos dedos em seu rosto, e terminando em seus lábios, em movimentos bem singelos e delicados, aproximou se do seu ouvindo e sussurrou numa voz macia.

-Estou aqui.

Entrelaçou a mão em seus cabelos e puxou delicadamente para trás para que pudesse ver seu rosto por inteiro, ela nem precisava dizer nada, bastava olhar em seus olhos o desejo que ela tinha por ele. E ele sabe de cór interpretar seu olhar. Velozmente a beijou como um sedento de água após 40 dias no deserto.

Ela cruzou as pernas em volta dele segurou lhe pelo pescoço e o prendeu com seu braços, ele retribui e segurou lhe pela cintura e pressionou ela contra seu peito acariciando cada parte de seu corpo.

O livro foi deixado de lado, o café quente esfriou e no chão só vestígios do calor daquele lugar.

(The continue…)

Carla Martins

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