Estou cansado de lamentações, de discussões e reclamações clamando por mais contato. Estou cansado de ver gente querendo carinho, mendigando atenção e esperando pela vinda de dias melhores, por conta da falta que sente de um abraço, de uma conversa, de um tempinho dedicado a uma singela e sincera troca de olhares.
Estou entediado de tanto papo furado pra justificar a falta de compromisso. Estou enjoado de tantas desculpas tortas que pretendem dar razão àquele que mantém o costume de perder a hora. A hora perdida, aliás, é uma vida que não apenas podia, mas devia ter sido vivida.
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O fato é que quem ama não espera a próxima hora, não espera chegar o momento em que dá vontade de chegar perto. Quem ama não espera saber o próximo passo pra colar junto e fazer acontecer, como que medindo se irá ganhar algo em troca além do momento único que poderia viver ao lado daquela pessoa que, se amasse, deveria considerar especial.
Compromisso é coisa séria, não apenas conveniência.
É muito bonito falar em felicidade, em encontrar alguém que nos completa, mas devemos também lembrar da parte em que fala da doença. Amar é casar, seja com ou sem papel, com ou sem véu. Se te amo, te coloco em todos os meus planos, sofro só de pensar na tua perda e topo não só com o bônus, mas com o ônus de te amar.
Se você não se dedica a alguém, é porque esse alguém não é uma prioridade pra você. E amor que não dialoga, que aceita a distância sem reclamar, não é um amor dedicado, ativo, vivo. É amor que se contenta com migalhas. É amor diluído, fraco e insuficiente. É amor por vaidade. Porque amor de verdade dá prioridade.