“Às vezes o passado nos prega uma peça, ressurge como fênix, e nós ficamos inertes, paralisados, totalmente sem ação. E foi isso que aconteceu. Escrevo-te para que logo me livre disso e viva, da mesma maneira que você hoje também vive.”
É louco, mas sonhar contigo tem sido rotineiro. Sim, louco, porque há dois anos não somos mais eu e você. Há dois anos decidimos viver nossas vidas separadas, sem perspectiva nenhuma de uma nova aproximação. Lembro-me perfeitamente do começo, de como tudo era mágico, e como você fazia o monótono se tornar essencial. De todas as nossas juras e de como prometíamos ter um futuro juntos.
Dentro destes dois anos, jurei a mim mesma te esquecer. Procurei em outros olhos, aquele olhar apaixonado que você me dava. Procurei em outros caminhos, encontrar suas pegadas. Procurei em outros abraços, o seu aconchego. Procurei em outra vida, encontrar a que só você me deu. Eu procurei uma nova versão de você só para não dar o meu braço a torcer.
Terminamos no mês de outubro, e foi neste mesmo mês, depois de dois anos, que novamente ressurgiu. Mandando-me flores, dizendo que queria de volta. Eu disse ‘não’ (afinal, tu sabes bem que não sou fácil). Um mês depois recebo a notícia do seu casamento marcado. E Foi aí que nossa história teve um fim, antes mesmo de recomeçar. Mas cheguei à conclusão que algumas histórias de amor têm prazo de validade, e infelizmente, a nossa chegou ao fim.
Não fique mal com isso, afinal, sempre que duas pessoas que se amaram tão intensamente (como nós) se encontram, os momentos mágicos que citei acima vêm à tona, como um flash back de 30s, todo seu organismo vira do avesso. Logo passa. E essa é a maneira de eternizar aquele sentimento.
No mais, viva nosso sonho com ela; tenha os filhos que teríamos com ela; durma agarradinho com ela, como planejávamos dormir; e por fim, ame-a como eu amei você. Breve alguém substituirá o lugar que era seu, e confesso que este também me dará momentos mágicos e tornará o monótono essencial, mas esse fará algo que você não fez: ficar.
Enviado pela leitora Emanuelly Cristiny
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