Um dia você me perguntou se eu queria passar a minha vida contigo e eu demorei um pouco pra responder. Talvez você tenha pensado que questionei as minhas escolhas, que cogitei sair correndo, largar tudo e fugir pra longe. Mas eu nunca pensei em negar a oportunidade de envelhecer do teu lado.
Apenas me esforcei para perceber o que o sim que o meu instinto prontamente me enviou queria dizer. E aí disse sim.
Sim para as nossas diferenças que se complementam e fazem do meu mundo uma experiência completa: às vezes tormenta, outras mansidão.
Aceitei o luto pelas paixões fugazes que poderia viver para viver só com você do nosso jeito que ninguém entende porque não fazemos questão de explicar. Disse sim para te confessar os meus pecados e para perdoar os teus. Para respeitar o teu silêncio triste ou feliz e não deixar nunca de acordar quando tu te levantas no meio da noite.
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Disse sim a me embriagar de rotina. Aceitei dançar o ballet dos nossos dias orquestrados como quando eu saio pela porta e te aguardo do lado esquerdo da porta do elevador. Sim para “me acorda daqui a 10 minutos, gata”, sim para “tudo bem se eu não for?”, sim para “vamos ver um filme ao invés de sair?”.
Aceitei ser surpreendida por você me pedindo para ser quem eu era e menos quem os outros gostariam que eu fosse. Os seus conselhos sinceros, os seus carinhos cheios de segundas intenções. Todas as suas segundas intenções.
Concordei em dividir, bagunçar e desrespeitar os lençóis. Em limpar os seus óculos quando você dirige, em deixar você escolher a cerveja e me deixar envolver. Aceitei os teus filmes na estante que era minha, tuas canecas na cozinha que era minha, tuas camisetas no guarda-roupa que era só meu. Disse sim a continuar sendo minha para ser um pouco mais tua.
Quando eu te disse sim, gritei pro mundo que o amor da gente não era brincadeira, não era bobagem, não era um namorinho de portão. Mas, mais importante do que dizer qualquer coisa pra qualquer um, eu sussurrei pra você que, sim, você me faz feliz exatamente assim.
Fonte: eoh.com.br