Pra quê eu vou esquecer alguém que eu me lembro todos os dias? Sério. Pra quê? Você acha que eu já não tentei? Você acha que eu já não fiz loucuras pra te esquecer? Nossa, mas já fiz várias.
Veja bem o que eu já fiz: promessa – mas não deu certo, porque quando achei que tinha te esquecido e já tava cumprindo a promessa e estava no segundo dia de um mês longo sem comer chocolate, vi uma foto sua, aí cancelei a promessa. Fui me benzer, achei que podia ser algum encosto que não deixava eu te esquecer. Saí de lá com mais saudade sua. Fui pra balada, tocou aquela nossa música. Fora aquela vez que te encontrei. Fui na missa, um dos apóstolos tem seu nome. Viajei, lá encontrei uma camiseta que era sua cara. Aliás quase comprei pra usar como pano de chão, mas sei lá né? Pagar tão caro pra usar como pano? Larguei mão.
Tá vendo? Depois do nosso fim, que eu não queria que tivesse existido, eu segui minha vida assim como você seguiu a sua – aliás seguimos bem. Sempre aguardando o quinto dia útil e eu, nessa vida de dona de casa. segui esperando o lixeiro passar, porque ele não passa no mesmo horário todos os dias.
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Depois que terminamos, não vou te esconder – apesar que você já deve saber – que te exclui de redes sociais, apaguei seu número, beijei outras bocas, tentei me apaixonar, até me envolvi com um cara que PUT* MERD% ele era sensacional, minha família amava ele, mas aí vi que não era você né?
Cheguei a seguinte conclusão no dia que minha mãe disse que eu ainda te amava: não vou mais tentar te esquecer. Tentando te esquecer, é quando mais lembro. Quando mais faço sua presença ser sentida no meu coração. Quando mais sofro por você não tá aqui. Tentar te esquecer é me martirizar. Aí depois desse dia, ficou tudo tão mais tranquilo aqui. Esqueci tudo de ruim que a gente passou e só tenho coisa boa pra lembrar. E lembrar de novo. E de novo. Vale a pena ver tudo de novo.
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Bom, seu espaço no meu coração está mantido aqui. E na minha vida também. Você foi – e é – um capítulo inesquecível do livro da minha história. Burrice querer apagar com caneta. Porque borracha, no fundo, eu nunca quis usar. Eu só rasurava a tentativa de te apagar daqui.
Fomos amor, hoje somos dissabor. Não tenho aquela esperança desenfreada de reviver tudo ao seu lado. Tô deixando a vida me levar. Mas sem te esquecer. Sabe por quê? Porque é inútil esquecer o que nos fez feliz. E porque é inútil ter rancor aonde existiu – muito – amor.