Para relações saudáveis: sinceridade

Às vezes você vai se pegar gritando pro espelho que aquela pessoa que poderia ser tudo que sempre quis é uma idiota que não enxerga o quanto você quer fazê-la bem e desperdiça todo o carinho. Joga fora com atitudes infantis a atenção que você a dispensa. Vai entender. Quantos não se queixam da falta de ter alguém. Aí, você aparece disposto a ser tudo isso sonhado e o outro simplesmente não enxerga.

Todos já estivemos nessa situação.

A verdade é que a pessoa julgada ser a certa será a errada várias vezes. Custará preocupações e reflexões no meio do dia, na hora de dormir ou enquanto ouve alguma música no rádio. Aliás, as canções de Amor dão conta desse tipo de imbróglio com perfeição.

Quem nunca ligou o rádio numa hora aleatória e em dez minutos escutou algo que relatasse seu exato momento de “acorda-pra-ver-que-eu-quero-te-fazer-feliz”? Dá trabalho, eu sei. Essa coisa de gostar acaba gerando na gente uma expectativa inevitável que, quase sempre, dá em merda.

A expectativa é a mãe da merda. A expectativa é um terreno fértil pra que tudo saia do jeito contrário. Ainda assim, mesmo levando o mantra “não crie expectativas” pra Vida, sei o quanto beira o impossível não cultivá-la. Até porque, o outro sempre arruma um jeitinho de deixar um ponto solto e te manter esperançoso de que tudo vai dar certo.

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Até dar em mais uma decepção.

Ok, não quero passar uma visão pessimista dessa figura toda, mas quero apenas alertar para o fato de que nem sempre as coisas caminham para onde desejamos.

Seria muito fácil se sempre ocorresse os passos pré-determinados de “conhecer”, “se encantar”, “ficar”, “namorar” e o bônus de “ser feliz enquanto dure”. Só que não rola assim. Existem diversos atalhos, desvios de rota e, claro, armadilhas durante todo o trajeto.

Para que ninguém se machuque no final, rogo pela sinceridade e pela calma; palavras de ordem que também escondem seus truques. Tem quem seja sincero demais e assuste o outro. Tem quem vá com calma demais e entedie o outro. Tem quem seja “sincero”, com aspas de mentiras. Tem quem vá com calma do tipo enrolação. E por aí vai. Como qualquer relacionamento que se leva, escolha sempre pelo diálogo. Conversando tudo se acerta.

Gustavo Lacombe

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