O que nós vivemos foi diferente. Um típico caso de amor, desses que levamos vida a fora, contando nas mesas de bar, sorrindo ao lembrar, e não raramente querendo reviver de manhã. Foi um troço de alma mesmo, sabe? Me fez até acreditar em outras vidas. Quem conseguiria sentir tanto amor em menos de um ano?
Era harmonioso. Esse é o termo. Era dose certa, era medida certa, era plenitude. Já encontrou alguém que encaixa na tua vida de forma perfeita, sem ser cliché ou a personificação do tédio? Eramos nós. Fugitivos da rotina, aventureiros do desapego.
Nossa história foi de furtar o ar dos pulmões. Era paz e caos, brisa e furacão, o dia inteiro ligados nos 220 V. Era cumplicidade, parceria de crimes contra a Low Carb, contra os bloqueios emocionais e as vezes um até atentado ao pudor. Foi intenso, foi honesto, foi real. Foi. Deixou de ser. Passado. Concluído. Vivido. Saudoso, mas ainda passado. E eu não consigo nem lembrar do dia que acabou.
O que mudou de ontem pra hoje? Da semana passada até aqui? Na nossa ultima vez, o que faltou? Deveria haver um motivo. Um passo a passo de erros que, somados, resultaram no fim de… tudo. Simplesmente foi embora, e isso me assusta. O que tinha aqui, aquilo que me fazia correr ao encontro dele, aquela paz de espirito quando retornava pra casa, foi embora. Acabou. Senti medo. Tremi de medo. Insisti, por dias, semanas e meses. Mas já tinha ido embora.
Nós,
“nós” não existíamos mais.
Deborah Anttuart
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