Já tá tarde pra caramba, e ainda estamos aqui. Eu, programando; você, decidindo se dorme ou se lê mais um capítulo. Entre uma pausa e outra, trocamos mensagens. Pra variar, prefiro escrever, pra agilizar, você prefere falar. Sempre gostei das frases calculadas, você sempre se virou com o improviso.
Hoje, vim declarar que sou apaixonado pelo silêncio que preenche os seus áudios. Adoro a parte não premeditada. Dava pra falar em trinta segundos, mas não me importo que você diga tudo em um minuto ou dois. Consigo perceber que você pensa enquanto fala e sente assim que diz. Fica ainda melhor quando o assunto muda, do nada, e eu preciso me esforçar pra te alcançar. Gosto de sentir sua empolgação, de acompanhar o ritmo da sua fala e de entender que sussurros são sussurros – mesmo que ninguém possa nos ouvir.
Vim dizer que tenho sorte por tê-la ao meu lado. E espero de verdade que você já tenha parado pra pensar no real significado da palavra sorte. Abri um desses dicionários online e descobri que alguns equivalentes seriam destino, fortuna, ventura e acaso. Achei tudo meio vago, sabe? Queria que você soubesse minha definição.
Sorte é estarmos separados por quilômetros e conversarmos como se estivéssemos juntos. Sorte é aparecer sorrindo em todas as fotos que tenho de nós dois. Sorte é o pacote de amendoins que você deixou aqui pra eu comer. Sorte é gostarmos do mesmo tipo de (a)ventura. Sorte é você implicar com meu consumo de café. Sorte é saber que se eu escrever “te amo”, você saberá que é pra valer.
Já passou da meia-noite, né? Sorte é perceber que nossa magia não acaba ao fim do dia.
Samuel Aguiar
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