E se eu te contar que já conheci minha alma gêmea?

Foto: Google.com

É coisa de pele, de olhar e de segredos. É cumplicidade, é deduzir sem sufocar a imprevisibilidade. Surpreender-se, sem amedrontamento algum, sem repulsa. É química, sintonia, biologia e o que mais possível for. É tudo. É completude, é destino, é pódio e caminho ao mesmo tempo. É compatibilidade. Um ser em dois corpos, dois lados de uma laranja e todos esse termos da cultura popular. É encontro de almas, de iguais.

Depois de conhecê-lo percebi a razão que faz aquela música do Justin Timberlake, Mirrors, causar tanto arrepio e comoção mundial. Seja prioridade ou não, lá no fundo, atrás dos caminhões de decepção e acima de todo e qualquer padrão social, o que a gente procura mesmo é um espelho. Um reflexo, alguém que devolva nossa própria imagem, porém em versão melhorada. Que leia o que não esta escrito, e escute o que ainda não foi pronunciado.

“Dois reflexos em um

Porque é como se você fosse o meu espelho

Meu espelho olhando de volta para mim

Olhando de volta para mim”

JT – Mirrors (Tradução:Site Vagalume)

Alguns passam a vida inteira em busca dessa conexão. Outros a ignoram devido à agenda de metas de vida, e ainda existem aqueles que partem da existência sem nunca encontrar o seu reflexo. Eu encontrei, e posso testemunhar que é das experiências mais extasiantes da vida. Sabe quando tudo esta no lugar que deve e na dose que cabe? Falo de corpo, de mente, de humor, sorriso, objetivos, estrada…

Em todos os estágios nossos caminhos se encontram, se confundem e, acima de tudo, se compreendem. Completude. Alma gêmea, alma igual a minha. Com os mesmo altos e baixos, loucuras e racionalidades, sem deixar de ser original e único.

Sem jogo, máscara ou teatro. Minha nua e gêmea alma, livre de cobranças ou expectativas. Sem papas na língua, manual ou cadeado no coração. E ele entende, prevê e traduz. Ao natural, sem buscar louros da fama, sem querer ser especial. Apenas ele, que é igual a mim. Meu próprio reflexo em versão melhorada e apaixonante.

É claro que essa química toda gera certo receio, mas ainda que o fim chegue amanhã de manhã, sua ausência não me atormenta, pois mesmo que o partir seja doloroso, permanecerá sua imagem e semelhança forjada em mim. Eu em nova versão, depois dele. Depois de me reencontrar e reconhecer, e por fim, reconstruir.

Deborah Anttuart

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