E ao contrário do que pensa, esse texto não é sobre a gente!

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Esse texto não é sobre a gente, talvez em algumas partes você se reconheça, mas quero deixar claro que essas linhas não são sobre nós e sim sobre a pessoa que me tornei após a sua passagem não tão repentina em minha vida e sobre a sua saída repentina até demais.

Quem nos visse nas ruas, nas redes sociais ou em qualquer lugar, era capaz de dizer que ali existia muito amor, um sentimento que eu jurava que era verdadeiro, tínhamos aquela sintonia, aquele encaixe perfeito e aquela cumplicidade que eu jurava que era eterna.

Porém nem só de sonhos vive os relacionamentos e nem só de ilusões vivem as histórias, algumas coisas começaram a mudar, as ligações diminuíram, os passeios de mãos dadas aconteciam raramente e quem nos via sentia que tínhamos perdido a liga.

Eu como boa pisciana, resolvi acreditar no amor, na nossa história e me recusava a desistir da gente, chorei diversas vezes pedindo para que você permanecesse ao meu lado, escondi a chave para que não partisse, fiquei velando seu sono só para que você não se levantasse no meio da madrugada e me deixasse ali sem entender o que aconteceu.

Porém em uma sexta você não chegou para o jantar, liguei e não obtive respostas, acordei no sábado e notei que você não tinha chego para o café da manhã, passei o sábado a sua procura e mais uma vez não obtive resposta.

Somente no domingo no horário do almoço, notei que você tinha partido e que com certeza não iria mais voltar, notei que a minha gaveta que tinha esvaziado para que você deixasse algumas de suas coisas se encontrava novamente vazia, você tinha partido aos poucos e eu não tinha notado.

Chorei por longas horas, quebrei alguns pratos, bebi longas taças e vinhos, chorei ouvindo Marilia Mendonça e me joguei no tapete da sala, tentando encaixar as peças que você tinha quebrado, vendo se era possível tapar o arrombo do meu coração e tentando planejar como eu iria me levantar.

Demorou baby, porém eu levantei, me sacudi e dei a volta por cima, o coração de vez em quando dá uma balançada mais forte, como quando te reencontrei depois de longo tempo, não busquei explicações, acho que não era mais necessário, tudo estava muito claro na minha cabeça.

Nem todo o cara é capaz de suportar o role de estar com alguém, tem que ter muito peito para enfrentar as dificuldades, sobreviver com as diferenças e querer fazer com que um relacionamento de certo.

Com a sua partida eu aprendi a não me contentar com nada pela metade, nada meio morno, quero alguém quente, intenso, que me deixe pingando e de preferência me transborde, se não é capaz de me oferecer isso, nem arrisque me oferecer nada, porque de conta gotas, eu estou fugindo.

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