Do “só amigos” ao final feliz

Foto: arthurrosa.com

Antes de mais nada, não vamos entrar na questão de se existe friendzone ou não. Não vem ao caso. Vamos nos ater aos fatos. Assim como nada de bom acontece depois das duas da manhã, nada de bom acontece, romanticamente falando, depois do “somos só amigos”. Um “só amigos” é uma sina, um destino.

Não se muda um “somos só amigos”, é pra sempre. Quando alguém chega ao ponto de falar isso é porque a pessoa tem certeza disso. Se resigne e chame a próxima senha da fila. Não há o que se fazer. Aliás, quanto mais você faz, menos funciona. Quanto mais você insiste, menos inclinada a outra pessoa está a deixar de ser só sua amiga.

Mas, já dizia o sábio, para toda regra há uma exceção. Eu fui uma exceção. Conheci uma garota através de um aplicativo de “relacionamentos”. Começamos a conversar, conversar, conversar, eu a chamava para sair e ela enrolava, enrolava e enrolava. Quando um dia decidiu encontrar comigo, ela já tinha alguém. O que não era o empecilho, pois, mesmo não tendo mais este alguém umas semanas depois, o “somos só amigos” dobrou a esquina em alto, incômodo e bom som. BUM! Só amigos.

Insisti um pouco, nada. Insisti mais, nada. Sumi, nada. Voltei, nada. Até que me resignei e começamos a nos falar com mais frequência, ela dizia que sentia falta de falar comigo. Saímos de novo: nada. Até que um dia ela veio na minha casa, almoçamos, conversamos e nos beijamos.

Ficamos mais alguns dias. Eu havia vencido o “somos só amigos?”. Ledo engano. Um dia ela me disse que não queria ficar comigo, que, dessa vez era definitivo, seríamos só amigos. Para me proteger decidi sumir. Ficamos sem nos falar por alguns dias ou semanas, até que ela me procurou para conversarmos.

Admitiu que estava confusa na época mas que sentia algo por mim. Isso faz um mês. Não acredito em destino nem nada disso, mas, de alguma maneira, se tiver que ser, será. Mesmo se houver um “somos só amigos” no meio. E ela acabou de me mandar uma mensagem dizendo que está com saudades. Venci o “somos só amigos”.

EOH.com.br

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