Me pergunto muitas coisas, mas não tenho respostas

Já faz algum tempo, alguns meses na verdade, mas eu ainda me pergunto como você está e como anda sua vida. Não deveria me preocupar, não deveria se quer pensar em ti, mas eu me preocupo e ainda penso.

Você é um constante lembrete para mim, não há um único dia em que não me lembre de ti. Cada dia é uma lembrança. Cada dia é uma saudade.

Às vezes me pergunto se você lembra de mim quando ouve nossa música. Se pensa em mim quando está cantando sozinho em seu carro sem minha mão para ser seu microfone. Se você ainda se lembra dos nossos planos.

Às vezes me pergunto se você aprendeu dançar ou se guardou aquela dança apenas para nós, num passado que se torna mais distante a cada dia que passa. Se aprendeu algo novo. Se mudou alguma coisa ou mantém os velhos hábitos.

Às vezes me pergunto se sente falta do meu perfume na sua cama. Se sente falta de nossas disputas de cócegas em que acabávamos os dois rindo no chão. Se sente falta de nossas provocações que acabavam com nossos lábios grudados.

Às vezes me pergunto se não sente falta de como nossas mãos se encaixavam perfeitamente e da sensação boa de andar de mãos dadas por aí. Se sente falta do meu abraço ou da minha voz lendo para ti.

Às vezes me pergunto se a mesa da cozinha não parece meio vazia nos almoços de domingo. Se não sente vontade de terminarmos aquela série que começamos. Se não sente falta do meu riso constante quando estava contigo.

Às vezes me pergunto se esse silêncio aterrador vai durar para sempre e se durar o que vai acontecer. Mas também tenho receio dele ser quebrado.

Às vezes me pergunto se você realmente sentiu tudo aquilo que eu senti, se pra ti também foi de verdade e o porque de ter ido embora.

Às vezes eu me pergunto a razão da nossa história ter acontecido do jeito que aconteceu e o porquê amar dói tanto quando deveria te fazer tudo menos sofrer.

Ainda me pergunto tantas coisas, mas eu não tenho respostas, assim como não tinha naquela noite em que partiu.

A vida parece um borrão agora, não tem mais a mesma graça que tinha quando eu estava contigo. E eu sigo tentando encontrar alguma luz e novos motivos que me façam sorrir. Mas tem sido difícil, às vezes quase impossível, afinal você era meu conto de fadas real, mas diferente das histórias que conhecemos essa não teve o “viveram felizes para sempre”.

Às vezes ainda me pergunto se algum dia nos esbarraremos de novo por aí.

Li em algum lugar certa vez que às vezes é preciso guardar o amor em uma caixinha e levar essa caixinha conosco para onde for, pois às vezes isso é tudo o que podemos fazer: guardá-lo como um tesouro precioso que teremos para sempre conosco. E é isso que você se tornou, a eterna saudade e meu tesouro mais valioso!

Stéfani Souza

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