Eu já me feri muitas vezes profundamente, mas ainda acredito no amor. Acredito que Deus cruza os caminhos de duas pessoas e os tornam um só, mas também acredito que Ele não diz que será fácil, porque o amor exige coragem e, se necessário, lutas e sacrifícios. Acredito que quando duas pessoas se amam, lutam uma pela outra, se respeitam, se esforçam para serem melhores e veem todos os dias o valor um do outro e o que merece.
Acredito que isso de “amor à distância não dar certo” é o maior papo furado, apesar de já ter me ferido quanto a isso, porque, às vezes, não é para ser, mas quando é para acontecer, quando há respeito, quando as coisas se ajeitam, quando Deus cuida, nada impede. Acredito na tentativa do outro de fazer você se sentir melhor trazendo sorvete e fazendo cafuné.
Acredito nas mãos dadas e trocas de olhares, porque há coisas que só os olhares dizem e apenas os dois entendem, e tudo bem, porque o mundo não merece saber de tudo. Acredito que orar um pelo outro e ter fé de que Deus está cuidando de tudo é uma prova de amor, de que tudo aquilo que estão vivendo é verdadeiro. Acredito no valor precioso do casamento e da família, dos filhos correndo pela casa gargalhando e o filme com todos juntos. Acredito em tudo isso, mas, um dia, quase deixei de acreditar.
Não vale a pena perder a fé em algo tão bonito e poderoso porque alguém, em um momento de falhas da minha vida, me feriu e deixou marcas profundas. São partes da minha história e não o que define a minha vida. Deus não permitiu que a minha fé morresse. Eu sei que não mereço nada disso, mas Ele me lava, me salva. E o amor é eterno. Ele é.
Esse texto é dedicado a dois amigos especiais, mas também é sobre mim. Também é sobre a minha fé no amor.
Texto de Laureane Antunes